São Paulo, sábado, 6 de março de 2010

BICHOS

De olho na fera

Tigre, cobra, jacaré: especialistas que lidam com animais selvagens contam sobre os riscos e cuidados da profissão

Letícia Moreira/Folha Imagem
O treinador Gilberto Miranda alimenta a tigresa Princesa

EVELYN CARVALHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Medo não é a melhor palavra para definir a relação entre biólogos, treinadores ou veterinários e animais selvagens. Respeito, sim.
O assunto veio à tona depois do caso da treinadora do parque americano Sea World, morta após o ataque de uma baleia. A tragédia não significa que a orca Tillikum seja violenta. O animal seguiu seus instintos e usou sua força para expressar algum incômodo.
"Os animais são como as pessoas, têm dias bons e ruins", diz a veterinária Manu Karsten, que apresenta o quadro "Selvagem ao Extremo", no "Domingo Espetacular", da TV Record.
Os bichos de cativeiro não têm os mesmos instintos de defesa e caça que os soltos na natureza. Mas isso não os torna inofensivos: continuam ferozes e podem ficar estressados e atacar quando menos se espera.
Os cuidados, então, devem ser sempre redobrados. Gilberto Miranda, treinador da tigresa Princesa, sempre usa estratégias para que ela não se sinta acuada. Os equipamentos que usa, por exemplo, são os mínimos necessários, pois podem incomodar os animais.
Pequenos ou grandes, acidentes acontecem. O biólogo Richard Rasmussen, que estreia hoje seu programa no SBT, nunca teve um acidente grave com um animal silvestre, mas já levou mordidas de jacaré e até unhada de tamanduá.
O pior foi com um animal doméstico. "O único bicho que me fez parar no hospital para ser costurado foi o pastor-alemão de um vizinho."

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