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HQgráfico
A Terra t-t-tremeu!
Em janeiro, um terremoto devastou
o Haiti. No sábado passado, um outro, ainda mais forte, atingiu o Chile.
Terremotos ou sismos, como esses, são fenômenos naturais em que a superfície
da Terra vibra de repente
e por alguns instantes. Mas, para quem
está lá, parece não ter fim.
Eles resultam da liberação de energia
gerada pela movimentação das placas tectônicas (grandes porções rochosas que
formam a superfície terrestre e estão sobre as camadas mais profundas do
planeta), da atividade vulcânica ou do deslocamento de gases. Há rápida
liberação de grande quantidade da energia na forma de ondas sísmicas, que são
capazes de derrubar edifícios, provocar deslizamentos e até afetar a rotação da
Terra. No fundo dos oceanos, podem causar tsunamis.
A maior parte dos terremotos ocorre nas fronteiras entre as placas tectônicas ou
em falhas. Podem ser de três tipos: convergentes, quando uma placa vai contra a
outra; divergentes, quando há afastamento; ou tangenciais, quando deslizam
lateralmente roçando uma na outra. No mundo, há dezenas de placas tectônicas.
O terremoto no Chile, do tipo convergente, ocorreu em função do movimento das
placas sul-americana e de Nazca. Muito intenso, atingiu 8,8 graus numa espécie
de ranking
de terremotos chamado escala Richter, criada em 1935, por Charles Richter e
Beno Gutenberg, nos Estados Unidos.
O Brasil está em condição natural favorável
na placa sul-americana, longe de fronteiras
(veja mapa à esquerda). Mas, ao contrário do
que imaginou o Zé, nem isso nos livra dos tremores. Embora bem menos
destrutivos, eles ocorrem aqui como reflexos de abalos em outros países, devido à
ação humana (barragens de água, por exemplo) ou sob condições geológicas
específicas, como na região Nordeste.
Desta vez, Zá tem razão.
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