São Paulo, sábado, 6 de junho de 2009

Capa/Festa junina

Olha o balancê!

Quadrilhas espalhadas pelo país são animadas com batidas do funk, sons do teclado e novos personagens, entre outras variações que surgem na festa

Marcelo Justo/Folha Imagem
Stefani Oliveira da Silva, 11, ensaia na quadrilha da Tia Valdelice, que existe há 24 anos em São Vicente (litoral sul de São Paulo)

GABRIELLA MANCINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Anarriê, anavantu, olha o balancê..." Se você acha difícil aprender os passos da quadrilha, imagine dançá-la em cima de pernas-de-pau?
Pois é isso o que fazem as crianças da quadrilha Matuta de Pernas-de-Pau, lá de Maceió (AL). Elas integram o projeto Sua Majestade É o Circo, que tirou meninos e meninas do lixão da cidade.
"Aqui todo mundo tem forró no pé", diz Andressa Moraes dos Santos, 10. Ela ensaia todos os dias, sem se cansar. Seu irmão Anderson, 12, fará o papel do noivo. Será que demorou para aprender a dançar sobre as pernas-de-pau? "Demorei." Quanto? "Uns dois dias!"
Tudo é feito em grupo: a criação dos temas, a coreografia, as roupas. Fora do lixão, as crianças aprendem a olhar o mundo de cima -e bem sorridentes.
Foi também agarrada nas pernas (não as de pau) dos irmãos que Bruna Maria Moraes de Freitas, 8, virou mascote da quadrilha da Tia Valdelice, que existe há 24 anos em São Vicente (SP). "Fiquei agarrada nas pernas deles no meio da dança e só saí quando me deixaram entrar no grupo."
Lá em Fortaleza (CE), a menina Vitória Elen, 12, está animada com o novo papel: será a noiva da quadrilha Fina Flor de Iracema, formada por 36 crianças. "Tenho vergonha de dançar na frente de todo mundo, mas o papel da noiva é o mais legal", diz Vitória.
A cada ano, um tema movimenta a quadrilha. Em 2009, entram na roda as belezas de Fortaleza.

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