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HISTÓRIA Bate-bola entre repórteres Crianças colaboradoras da Folhinha entrevistam colunista da década de 60 FREE-LANCE PARA A FOLHINHA Por acaso, o hoje médico Paulo Cesar Sandler, 53, tornou-se a primeiro colunista criança da Folhinha, escrevendo textos para o caderno. Quando era pequena -antes de conhecê-lo-, a mulher dele, Ester, 52, lia suas reportagens. Arthur Duran, 11, e Cora Valentini, 11, atuais colaboradores da Folhinha, entrevistaram o casal. Leia trechos da conversa.(BL) Folhinha - Você se lembra da primeira reportagem? Paulo Sandler - Era sobre as formigas. Eu estava andando de bicicleta perto do Instituto Biológico, e um fotógrafo da Folha chamou meu amigo. Ele não quis e disse que eu gostava de escrever. Folhinha - O que seus pais acharam disso? Sandler - Eles vibraram. Mas meu pai foi lá [na Redação] ver a cara das pessoas. Folhinha - Durante quanto tempo você colaborou? Sandler - Escrevi durante seis anos, comecei com 13 anos e escrevi até a faculdade. Folhinha - Sobre o que você escreveu? Sandler - Fiquei um ano escrevendo sobre coleção de selos. Depois fiquei escrevendo sobre história do automóvel. Era uma coluna fixa. Eu escrevia com máquina de escrever, num papel impresso com o tamanho da reportagem, que se chamava "lauda". Folhinha - A Folhinha mudou muito de lá para cá? Sandler - Era mais complicado fazer o jornal, hoje é mais fácil. Na época, havia mais possibilidade de aprofundar os assuntos. Hoje, está mais ilustrada, mas continua a tradição. A Folhinha era para crianças e adolescentes. Folhinha - Vocês se casaram porque ela era uma fã? Ester Sandler - Quando eu era criança, achava que ele era adulto, escrevia sobre coisas complicadas. Nos conhecemos na faculdade de medicina e começamos a namorar. Quando o apresentei [em casa], meu irmão lembrou, pelo nome. Foi coincidência. Paulo Sandler - Ela achava que eu era adulto. Depois que a gente se casou, descobriu que eu ainda era criança. Sou criança até agora. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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