São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 2008

Carrinhos

Paixão motora

Os possantes de brinquedo já são hoje criados com materiais reciclados e movidos a energia solar

Por Chico Felitti

Carro-robô

Um dos maiores sucessos do cinema no ano passado, o filme "Transformers" veio de uma série de TV de vinte anos atrás que, por sua vez, nasceu de uma linha de...carrinhos. O seriado "Transformers" nasceu para aumentar a venda de robôs alienígenas que viravam carrinhos, aviõezinhos, tanquezinhos e helicopterozinhos produzidos pela empresa Hasbro. Os brinquedos venderam muito, se tornaram clássicos e influenciaram tanto as gerações de hoje quanto as dos nossos irmãos e primos mais velhos.

Sem escapamento

À primeira vista, os carrinhos redondos e ovais da Playsam (www.playsam.com) podem parecer mais com um saleiro de quatro rodas do que com um brinquedo. Mas essas peças coloridas feitas de madeira são consideradas o brinquedo do futuro. São feitas só de materiais reciclados -até o papelão da embalagem é orgânico- e a fábrica tem um sistema para dar para outra criança o carrinho quando um cliente cansar do brinquedo. Porque, com a natureza, não se brinca.

Carrinho, não: carrão!

Os primeiros carrinhos não mereciam ser chamados pelo diminutivo. Eram imitações perfeitas que vinham junto com os carros que os pais alemães compravam em 1900, época em que só gente muito rica tinha automóvel. Feitos de metal por fábricas como a Bing e a Carette, chegavam a ter um metro de altura, às vezes maiores que o próprio dono. Depois que os carros se popularizaram, a partir de 1908, os carrinhos diminuíram e viraram brinquedo de todo mundo.

Se meu carro voasse

Se você leu "Harry Potter e Câmara Secreta" e ficou morrendo de vontade de ter um carro voador como o do sr. Weasley, saiba que é possível. Uma fábrica de brinquedos inglesa fez um carrinho idêntico ao Ford Anglia que Harry e Ronnie dirigem para chegar em Hogwarts, já que a estação 9 3/4 de King's Cross está misteriosamente bloqueada. Só cuidado para não bater em um Salgueiro Lutador quando estiver brincando!

Fotossíntese

Além de ser um dos menores carrinhos do mundo, medindo 3 cm X 2 cm, o Mini Solar Racer tem outro motivo para ser um brinquedo legal. Ele não precisa de pilhas: é completamente movido por energia solar. Coberto de painéis que absorvem a luz e a transformam em energia, é só ele receber alguns raios de sol que já dispara. Se bem que, com esse tamanhinho, não deve ir muito longe.

Marmanjo feliz

A paixão do colecionador Jean Scuto por brinquedos não diminui depois que ele cresceu. Pelo contrário. Depois de ganhar os primeiros carrinhos de sua mãe, cada vez que tirava uma nota boa na escola, não parou nunca mais. Aos 43 anos, Jean tem mais de mil carrinhos! "Às vezes, quando estou brincando, minha mulher me olha e pergunta o que estou fazendo", conta. Quem quiser conhecer a fantástica coleção pode passar no museu particular desse marmanjo que realizou o sonho de qualquer criança. Fica na rua Domingos de Moraes, 254, 3º andar, Vila Mariana, São Paulo.

Dos carrinhos para o pódio

Atual fera da fórmula GP2, o piloto Brunno Senna, 25, não era o menino com mais carrinhos no recreio. O sobrinho de Ayrton Senna tinha cerca de dez velozes, que aproveitava bastante. "Brincava com eles até quebrar", conta o campeão. Dos carrinhos para os carrões de corrida, foi um pulo. Mas ele não largou de vez os brinquedos. "Tenho até hoje alguns modelos que comprei na adolescência." Para quem sonha em um dia subir no pódio, ele garante que qualquer um chega lá e que brincar é um ótimo treino.

10+

Space Lumini persegue uma luz emitida pelo controle remoto e faz manobras radicais. Da Conthey, custa R$ 199.

Alguns toques

Ao escolher um carrinho, confira se ele tem o selo autêntico de laboratórios de certificação de qualidade;
Evite brinquedos com arestas cortantes, materiais tóxicos e pontas afiadas;
Nem todos carrinhos artesanais são seguros também: verifique se a madeira está sem farpas ou se não há pregos salientes;
Se você tiver algum irmãozinho, cuidado com pecinhas que soltam do seu brinquedo, já que os bem pequenos costumam colocar tudo na boca.

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