São Paulo, sábado, 9 de fevereiro de 2008

Escola

Que viagem!

Os primos Sakamoto, que já levaram duas horas no trajeto para o colégio

KATIA CALSAVARA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Todo dia ele faz tudo sempre igual. Acorda às cinco horas da manhã, põe o uniforme, toma café e corre para o carro. É hora de cair na estrada e ir para a... escola!
Você não leu errado: Bruno Martinez Virgilio, 7, viaja cinco vezes na semana. Ele mora em uma chácara em Jarinu, a 71 km de São Paulo, mas estuda na capital.
Até chegar ao colégio, passa por paisagens com árvores, campos e montanhas. "Gosto dessa viagem", diz. Os pais dele trabalham em São Paulo, mas preferem morar perto da natureza.
O trajeto todo dura cerca de uma hora e meia. Se chover, pode passar de duas horas. Dá para assistir a dois desenhos inteiros por dia -um na ida e outro na volta.
Não é à toa que o carro da família tem um aparelho de DVD e parece uma locadora de vídeos ambulante. "No caminho, também gosto de jogar games no DVD e de conversar com a Isabela [a irmã, que tem 13 anos"."

Só para comparar
Gabriel Gomes Silva, 7, que mora nos Jardins e estuda no Butantã, percorre uns 8 km para ir à escola.
Quanto tempo ele demora para chegar ao colégio? Dez minutos? Meia hora? Errou! Ele também demora cerca de uma hora e meia.
É que o Gabriel vai de perua escolar, que passa para pegar várias outras crianças. "Fico irritado de ficar espremido lá dentro e chateado com o trânsito", diz.
Mas vários amigos estão na perua. "Lá atrás, montamos um clubinho e fazemos um muro com as mochilas." E não é só: "A gente faz lição de casa, inventa história, come o lanche um do outro. Aí, passa rápido".

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