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Escola
Que viagem!
Os primos Sakamoto, que já levaram duas horas no trajeto para o colégio
KATIA CALSAVARA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Todo dia ele faz tudo sempre igual. Acorda às cinco
horas da manhã, põe o uniforme, toma café e corre para o carro. É hora de cair na
estrada e ir para a... escola!
Você não leu errado: Bruno Martinez Virgilio, 7, viaja
cinco vezes na semana. Ele
mora em uma chácara em
Jarinu, a 71 km de São Paulo, mas estuda na capital.
Até chegar ao colégio, passa por paisagens com árvores, campos e montanhas.
"Gosto dessa viagem", diz.
Os pais dele trabalham em
São Paulo, mas preferem
morar perto da natureza.
O trajeto todo dura cerca
de uma hora e meia. Se chover, pode passar de duas horas. Dá para assistir a dois
desenhos inteiros por dia
-um na ida e outro na volta.
Não é à toa que o carro da
família tem um aparelho de
DVD e parece uma locadora
de vídeos ambulante. "No
caminho, também gosto de
jogar games no DVD e de
conversar com a Isabela [a
irmã, que tem 13 anos"."
Só para comparar
Gabriel Gomes Silva, 7,
que mora nos Jardins e estuda no Butantã, percorre
uns 8 km para ir à escola.
Quanto tempo ele demora para chegar ao colégio?
Dez minutos? Meia hora?
Errou! Ele também demora
cerca de uma hora e meia.
É que o Gabriel vai de perua escolar, que passa para
pegar várias outras crianças. "Fico irritado de ficar
espremido lá dentro e chateado com o trânsito", diz.
Mas vários amigos estão
na perua. "Lá atrás, montamos um clubinho e fazemos
um muro com as mochilas."
E não é só: "A gente faz lição
de casa, inventa história, come o lanche um do outro.
Aí, passa rápido".
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