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São Paulo, sábado, 11 de junho de 2005

EXPOSIÇÃO

Mostra traz réplicas de dinossauros e outros bichos pré-históricos

Várias viagens no tempo dentro de um só museu

Rogério Cassimiro/Folha Imagem
Criança na mostra do Museu de Zoologia; no alto, réplica do velocirraptor


LUCRECIA ZAPPI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Tem velocirraptor aqui?" pergunta Antônia Andrade, 11. Tem sim. E carnotauro, titanossauro e arqueopterix. Estão todos lá. As portas do Museu de Zoologia da USP não têm nenhum arranhão, mas, assim mesmo, oito milhões de exemplares desses animais ferozes conseguiram entrar. Esses bichos são parte da mostra "Evolução do Vôo". Há fósseis de peixes, tartarugas e jacarés, todos da América do Sul. Os dinossauros são representados por réplicas, esculturas e afrescos, e a maioria exposta antecedeu as aves, entre 70 e 120 milhões de anos atrás.
A exposição é imperdível. Logo na entrada do museu há uma réplica do carnotauro, com quatro metros de altura e sete de comprimento.
Acima do carnotauro, há dois pterossauros simulando vôo. Esses dinossauros voadores vêm de todas as partes, mas a maior área do mundo de concentração de fósseis de pterossauros é a Bacia do Araripe, no Nordeste.
Pelo museu também há bichos empalhados, ou taxidermizados, como dizem os especialistas, sendo que alguns deles têm mais de 100 anos.
"Trabalhamos com a questão da escala do tempo. Enquanto o carnotauro existiu há cerca de 140 milhões de anos, a preguiça-gigante e o tigre-dente-de-sabre viveram há dez mil anos e conviveram com os primeiros homens", explica o diretor do museu, Carlos Roberto Brandão, 52.
No último domingo, o museu estava cheio de crianças, muitas dando nome aos dinossauros. A palavra que mais se ouvia era "velocirraptor": uma estrela do filme "Parque dos Dinossauros".
Pedro Luis Silva Fonseca, 7, posa para uma foto com o velocirraptor. Veio de Taubaté para a exposição e diz não ter se decepcionado pelo fato de o animal ser duas vezes menor que o que esperava: "Não achei que ele fosse desse tamanho, mas ainda parece perigoso. As unhas dele podem furar fundo".
Antônia completa: "Aumentaram o tamanho dele no filme para fazer suspense. Eu não sabia que tinha penas. Na verdade, queria um de estimação".

EVOLUÇÃO DO VÔO. Onde: Museu de Zoologia da USP (av. Nazaré, 481, Ipiranga, tel. 0/xx/11/6165-8100). De ter. a dom., das 10h às 17h. Quanto: R$ 2.

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