São Paulo, sábado, 11 de julho de 2009

Ciência

Se eu fosse um vírus...

...eu seria invisível a olho nu e capaz de causar doenças graves

LUISA MASSARANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Gripe aviária, gripe H1N1, Aids, dengue ou -atchim!- aquela gripe que "pega" alguém na escola ou em casa e dá a maior moleza.
Podem ser doenças muito sérias, que até matam, ou aquelas que vez ou outra estão por aí. Todas esses males têm algo em comum: são causados por minúsculos vírus, que a gente não consegue ver a olho nu. Como será a vida deles?
Afinal, o que são? Bichos? Fiquei curiosa e fui investigar! O organismo de um vírus é bem diferente do nosso: ele não tem corpo, com cérebro, coração ou pulmão. O vírus é muito simples. É um pacote de informações, como um envelope com uma carta dentro.
Se você acha seu irmão ou sua irmã carentes porque dependem muito de você, é porque não conhece a vida de vírus! Esse micro-organismo só pode se multiplicar se encontrar "alguém", que pode ser uma pessoa, uma planta ou um animal, dependendo do vírus.
Ao entrar em um organismo, o vírus invade uma célula e coloca ali suas informações (são chamadas informações genéticas). Assim, força a célula a produzir cópias dele mesmo. São os piratas das células!

Colaborou Fabio Gouveia.




» SER OU NÃO SER?
Para um vírus, é tudo ou nada. Se não consegue uma célula para invadir, ele fica inativo, como se fosse um cristal. Há até quem diga que um vírus não é um ser vivo. Há pelo menos 5.000 tipos de vírus conhecidos.

» AUTODEFESA
Quando os vírus invadem um corpo e se multiplicam, podem causar uma doença. Mas o próprio organismo pode ser capaz de se defender sozinho. Ao perceber o estranho, tenta combater esse microorganismo. Outras vezes, o próprio vírus pode ajudar a nos defendermos! São as vacinas, que usam vírus mortos ou mais fracos para ensinar o nosso organismo a se defender.

» FALSA SIMPLICIDADE
Apesar da simplicidade dos vírus, esses micro-organismos podem surpreender. Vez ou outra surgem novos tipos de vírus, como ocorreu com a gripe H1N1 (conhecida como gripe suína). E mais. Continua em aberto a pergunta: como surgiram os vírus na Terra?

» TAMANHO NÃO É DOCUMENTO
Há vírus de tamanhos diferentes. Mas uma coisa todos eles têm em comum: são incrivelmente pequenos. Em um milímetro (aquela marcação pequena em uma régua), caberiam cerca de 10 mil vírus enfileirados. Na cabeça de um alfinete, entrariam cerca de 1 trilhão de vírus. Conseguiu imaginar? Nem eu!

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