Desde a pré-história, mulheres eram consideradas bruxas quando tinham conhecimentos especias ou viviam de um jeito diferente

CARLOS DAL ROVERE JÚNIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A magia é um jeito de entender (e controlar) as forças da natureza. Ela sempre existiu na vida da humanidade, desde os tempos pré-históricos. E, em geral, essas pessoas com poderes mágicos eram mulheres -desculpem-me, meninos!
Isso por causa da crença de que as mulheres sempre estiveram ligadas às forças da natureza e da vida. O próprio fato de elas darem à luz bebês reforçava essa idéia.
Nem sempre essa história foi bem-vista. Quando a religião cristã, que acredita em um só Deus, tomou o lugar das antigas religiões com muitos deuses, as pessoas pararam de acreditar no poder dessas feiticeiras.
Mas, nas vilinhas agrícolas da Europa, as pessoas ainda recorriam a mulheres especiais (benzedeiras e curandeiras) para pedir ajuda para problemas como doenças e pragas na plantação.
Durante muito tempo, a Igreja não ligava para isso. Até que, no século 14, padres e bispos começaram a desconfiar dessas mulheres. Será que os poderes que elas diziam ter estavam ligados às forças do mal?
E, assim, apareceram as "bruxas" na Europa.
Elas foram perseguidas pelo Tribunal da Santa Inquisição, que prendeu, torturou e queimou vivas muitas mulheres.

Só diferentes
Os historiadores, que são as pessoas que estudam o passado, acreditam hoje que essas bruxas tão temidas nunca existiram.
Essas mulheres perseguidas só tentavam ajudar os outros com seus conhecimentos da natureza. Ou eram vistas com desconfiança por serem diferentes dos outros -por morarem sozinhas ou não terem filhos.

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