São Paulo, sábado, 12 de junho de 2010

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Paixão na corda bamba

Quixote e Dulcineia, Otelo e Desdêmona, Tristão e Isolda: os enamorados enfrentam muitos obstáculos nas histórias de amor

POR GABRIELA ROMEU e GABRIELLA MANCINI

Quixote e Dulcineia
Dizem que o amor é cego. Miguel de Cervantes criou a saga de Dom Quixote, um cavaleiro que, de tanto ler histórias de fantasia, mistura realidade e invenção. Ele se apaixona por Dulcineia, uma camponesa que ele vê como uma nobre dama. Suas vitórias são dedicadas à musa.

Sherazade e o sultão
Nem sempre é fácil conquistar o amado. A história de Sherazade, a maior entre as maiores contadoras de histórias, é prova disso. É tramando o fio de enredos cheios de aventuras e mistérios que ela prende a atenção do sultão do reino -e escapa da morte! Depois de mil e uma noites, Sherazade ganha o coração do rei.

O papagaio e a mocinha
Nos contos populares, os apaixonados se transformam: moça vira foca; boto vira rapaz. Em "O Papagaio Real", o príncipe fica preso em um corpo de pássaro e só se liberta com os cuidados de uma moça apaixonada.

Arlequim e Colombina
O amor é cheio de confusões. Pierrô ama Colombina, que ama Arlequim, que ama Colombina. A história desses personagens é bem antiga e foi parar até na famosa marchinha carnavalesca "Pierrô Apaixonado", que "acabou chorando, acabou chorando".

Cupido e Psiquê
Ninguém resiste à flechada do Cupido (ou Eros, para os gregos). Nem ele! Vênus (ou Afrodite), deusa da beleza, queria se vingar da bela Psiquê, que conquistava a todos. Ela, então, enviou o Cupido, seu filho, para fazer Psiquê se apaixonar pelo pior dos homens. Mas não teve jeito: Cupido, o deus do amor, apaixonou-se pela jovem.

Tristão e Isolda
A paixão é cheia de surpresas. Nas lendas medievais, é famosa a desventura do cavaleiro Tristão, que foi à Irlanda buscar a princesa Isolda para se casar com seu tio. Durante a viagem de volta, os dois sem querer bebem uma poção do amor e se apaixonam. Final feliz? Pelo nome do moço, já dá para imaginar que não!

Merlin e Viviane
Sobram segredos de amor nas lendas medievais. O mago Merlin e Viviane, a Fada do Lago, tinham uma paixão secreta. Eles sempre se encontravam na floresta de Broceliande. Foi ali que, certa vez, a fada colocou o seu amado em uma prisão de ar.

Orfeu e Eurídice
Qual é o limite do amor? Na mitologia grega, Orfeu foi até o mundo dos mortos para trazer Eurídice de volta. O rei de lá atendeu ao pedido de Orfeu: ele poderia levá-la de volta, com a condição de que não olhasse para a amada até alcançar a luz do Sol. Mas, no caminho, ele espia a moça para ter certeza de que ela o seguia. Assim, perde a amada para sempre.

Otelo e Desdêmona
Intrometida, a inveja atrapalha os romances. Assim como o ciúme, ela está em várias histórias do inglês William Shakespeare, o mesmo de "Romeu e Julieta". É o caso do general Otelo, que era apaixonado por sua mulher, Desdêmona. Mas ele foi dar ouvidos a Iago, que, por vingança, inventou que Desdêmona tinha um amante. Para Shakespeare, o amor acaba quase sempre em tragédia.

Pigmaleão e Galateia
Os amantes imploram até a ajuda dos deuses. Foi assim com o rei de Chipre, Pigmaleão. Ele esculpiu certa vez no marfim uma estátua de uma mulher tão linda, mas tão linda que acabou apaixonado por sua obra. Mas como declarar seu amor para uma estátua, imóvel? Pediu, então, ajuda a Afrodite, deusa do amor, para dar à estátua o dom da vida. De carne e osso, ela ganhou o nome de Galateia.

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