São Paulo, sábado, 14 de fevereiro de 2004

"Lá vai ser tudo ou nada"

O vôlei feminino é um dos esportes em que o Brasil tem chance de conquistar uma medalha. Nas duas últimas Olimpíadas -em Sydney-2000 e em Atlanta-1996-, a modalidade ganhou o bronze. Para conhecer as expectativas de Atenas-2004, a Folhinha acompanhou a entrevista das jogadoras Natália Teixeira, 11, e Patrícia Camaforte, 12, com a atleta Valeska dos Santos, a Valeskinha, 27, que tem vaga praticamente certa na seleção -só falta sair a lista oficial.

Patrícia Camaforte, 12 -Como vai ser a Olimpíada?
Valeskinha -
Eu já pensava na Olimpíada com a idade de vocês. Acho que se deve sempre sonhar o mais alto e nunca querer um pouquinho. Quero jogar na Olimpíada, mesmo que não consiga uma medalha. Quando chegar lá, vai ser tudo ou nada.
Natália Teixeira, 11 - Quando você vai jogar e fica muito ansiosa, o que você faz?
Valeskinha -
Se for um adversário com quem você sempre joga e já perdeu, vai querer ganhar. Aí você fica mais ansiosa. Se for um adversário de quem sempre ganhou, você entra mais tranqüila.
Patrícia - No jogo, você esquece que está brigada com uma companheira?
Valeskinha -
Tem de esquecer. E o que você treinou? Vai deixar que outra pessoa ganhe? Não, tem de conversar.
Patrícia - Você tem vergonha do público?
Valeskinha -
No início, você vê muita gente gritando. Depois, tudo se apaga, eu não escuto a torcida...
Patrícia - Você já atacou bem forte, de sair sangue?
Valeskinha -
Já aconteceu com a Bia [Ana Beatriz das Chagas]. Ela estava bloqueando e a bola pegou no dedinho dela, que abriu! O ossinho ficou para fora, levou ponto.
Natália - Você tem apelido?
Valeskinha -
Todo mundo me chama de Valeskinha. Às vezes, de Vá ou Val para encurtar, porque, até falar "Va-les-ki-nha", a bola já caiu!

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online.