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São Paulo, sábado, 16 de abril de 2005

CINEMA

Na animação "A Profecia dos Sapos", bichos têm de se unir e discutir muito para sobreviver ao dilúvio

Uma arca de Noé cheia de conversas

ANNA ANGOTTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

N o desenho "A Profecia dos Sapos", um dilúvio coloca crianças, adultos e todo tipo de bicho no mesmo barco.
Os sapos prevêm os 40 dias e 40 noites de chuva que estavam por vir e tentam avisar os garotos Tom e Lili, só que as crianças ficam mais impressionadas com o fato de os bichos falarem do que com a profecia.
Mas depois das primeiras cenas do desenho francês, que estréia no próximo dia 21, a tagarelice dos bichos torna-se mais que natural. É que, para salvar os animais da fazenda e do zoológico, o pai de Tom reúne todos no celeiro, que se torna um barco improvisado e o único refúgio possível até as águas baixarem.
"A Profecia dos Sapos" é uma variação da história bíblica da arca de Noé, só que no ritmo francês: com mais conversas do que ação, o que pode dar a idéia de que o filme demora para passar. Há muita discussão no barco, já que espécies diferentes têm de conviver no aperto de espaço e de comida.
Para completar a confusão, tem ainda um elefante alérgico a tartaruga e um monte de crocodilos famintos nadando perto do barco.
O mais bacana do filme do diretor Jacques Rémy Girerd são os desenhos, que parecem pintados com lápis de cor. A música também é muito divertida. Quando a história acabar, vale assistir até o fim dos letreiros. Os bichos continuam falando até que as luzes do cinema se acendam. Eles são, afinal de contas, as estrelas do elenco.

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