UOL
São Paulo, sábado, 16 de julho de 2005

LITERATURA

Personagens de ficção, quadrinhos e games navegam no universo do absurdo; saiba como ele foi criado

Viagem ao mundo do nonsense

ALEXANDRA MORAES
DA REPORTAGEM LOCAL

O que será que quer dizer "batatinha quando nasce esparrama pelo chão"? Ou que sapo será aquele que "não lava o pé porque não quer"? E por que uma esponja marinha tem formato de esponja de cozinha e vive num abacaxi, no fundo do mar, caso do Bob Esponja?
Essas perguntas, na verdade, não têm resposta -ou podem ter um monte de respostas. Porque elas passam por um universo daquilo que é chamado nonsense, ou absurdo.
"Batatinha quando nasce" e "o sapo não lava o pé" são exemplos de parlendas, que são "jogos de palavras em que a falta de sentido é que dá a graça", segundo a escritora Heloisa Prieto, autora do livro "O Jogo da Parlenda".
"O cartum, o desenho animado curto, também é cheio de nonsense, com humor negro", diz Prieto.
Para o quadrinista Fernando Gonsales, autor das tiras do rato Níquel Náusea, elas, "apesar de serem meio absurdas, têm algum senso". Gonsales conta que "os quadrinhos são ótimos para o nonsense, pois não têm limitação de nenhum tipo. O que vier na mente do autor está valendo".
Outro hábitat do nonsense, segundo Prieto, é o videogame. "Há lógica na superação de cada fase. Mas dentro das fases existe uma outra lógica. Pois nonsense não é sem sentido, mas algo em que há um sentido diferente."

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