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LITERATURA Personagens de ficção, quadrinhos e games navegam no universo do absurdo; saiba como ele foi criado Viagem ao mundo do nonsense ALEXANDRA MORAES DA REPORTAGEM LOCAL O que será que quer dizer "batatinha quando nasce esparrama pelo chão"? Ou que sapo será aquele que "não lava o pé porque não quer"? E por que uma esponja marinha tem formato de esponja de cozinha e vive num abacaxi, no fundo do mar, caso do Bob Esponja? Essas perguntas, na verdade, não têm resposta -ou podem ter um monte de respostas. Porque elas passam por um universo daquilo que é chamado nonsense, ou absurdo. "Batatinha quando nasce" e "o sapo não lava o pé" são exemplos de parlendas, que são "jogos de palavras em que a falta de sentido é que dá a graça", segundo a escritora Heloisa Prieto, autora do livro "O Jogo da Parlenda". "O cartum, o desenho animado curto, também é cheio de nonsense, com humor negro", diz Prieto. Para o quadrinista Fernando Gonsales, autor das tiras do rato Níquel Náusea, elas, "apesar de serem meio absurdas, têm algum senso". Gonsales conta que "os quadrinhos são ótimos para o nonsense, pois não têm limitação de nenhum tipo. O que vier na mente do autor está valendo". Outro hábitat do nonsense, segundo Prieto, é o videogame. "Há lógica na superação de cada fase. Mas dentro das fases existe uma outra lógica. Pois nonsense não é sem sentido, mas algo em que há um sentido diferente." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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