Liberdade
O nome Liberdade, como é chamado o bairro mais japonês da cidade, esconde uma história de sofrimento. No século 18, durante a escravidão, havia ali um lugar onde se enforcavam os negros, conhecido como largo da Forca. Ainda hoje existe lá uma igrejinha, construída em 1775, chamada Capela de Nossa Senhora dos Aflitos (rua dos Aflitos, 70, Sé).

Mosteiro de São Bento
Foi fundado em 1600 e guarda um monte de surpresas. O cacique Tibiriçá, que foi chefe da nação indígena tupi, morou um tempo lá. O corpo do bandeirante Fernão Dias Pais, que ajudou a reformar o mosteiro, está enterrado no mosteiro. Hoje os monges celebram missas muito bonitas, que são cantadas. Ah!, e vendem um pão de mandioquinha muito gostoso também.

Biblioteca Monteiro Lobato
É a primeira biblioteca infanto-juvenil do Brasil, fundada em 1936. Monteiro Lobato freqüentou esse espaço e chegou a ler histórias para as crianças. Você pode encontrar objetos pessoais do criador de Emília: vários jogos em madeira, como xadrez, com o qual o escritor brincava com seus filhos. Mas lá também tem coisas estranhas, como um pedaço da costela do escritor!

Pátio do Colégio
Quem vive em São Paulo não pode deixar de visitar esse lugar, que foi onde a cidade começou (os jesuítas ergueram sua primeira capela aqui). No Museu Padre Anchieta, existe um crucifixo que, dizem, pertenceu ao próprio José de Anchieta (1534-1597).

Estação Julio Prestes
Sabe o Zepelim, aquele dirigível mais leve que o ar? A plataforma da estação Júlio Prestes foi construída com uma estrutura de metal parecida com a dessa aeronave. Desde 1999 a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo funciona nesse prédio, que é muito bonito.

Estação da Luz
Eu tive um amigo que trabalhou aqui por volta de 1870: ele carregava o trem com mercadorias que iam do porto de Santos até a cidade de Jundiaí (SP). O tempo passou, a estação mudou muito, e hoje está em reforma e vai ser um espaço onde vão acontecer eventos de educação e cultura na área de língua portuguesa.

Pinacoteca
Esse é o museu de artes plásticas mais antigo da cidade, fundado em 1905. A funcionária que trabalha lá há mais tempo é a coordenadora da biblioteca, Lucila de Sá Carneiro, 71. Ela tem um monte de histórias curiosas para contar. Certa vez, fuçando nos papéis, ela descobriu uma carta de 1930 que nomeava a artista plástica Tarsila do Amaral como organizadora das obras do museu (o que nunca aconteceu). Ela lembra que antigamente o museu ficava sujo por causa dos pombos. Ela também conheçou um garoto que ia ao museu com a avó fazer um curso de artes; ele cresceu e restaurou várias obras.

Edifício Patriarca ("Banespinha")
Já pensou ficar em uma sala com paredes cobertas por couro de porco? Pois no edifício Patriarca, no centro, que pertenceu ao conde Francisco Matarazzo Junior e foi inaugurado em 1939, há um espaço assim (que não tem cheiro ruim, podem acreditar).

Avenida Paulista
Como São Paulo cresceu rápido! Quando vejo a avenida Paulista hoje, com suas antenas de transmissão de rádio e TV e seus prédios enormes, custo a acreditar que há pouco mais de cem anos eu andava de bonde ou de carruagem sobre o piso de pedregulhos brancos, cheio de magnólias.

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