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São Paulo, sábado, 19 de junho de 2004

CIÊNCIA

Chamadas de aerossóis, elas podem provocar chuvas fortes e mudar o clima da Terra

Cientistas medem partículas poluentes

Divulgação
Fotômetro solar, que mede aerossóis na atmosfera


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USP e Nasa fizeram parceria para estudar poluentes sólidos ou líquidos e seus efeitos na atmosfera e no clima da Terra. O Laboratório de Física Atmosférica da USP realiza o projeto Aeronet (Aerosol Robotic Network), que é uma rede mundial de monitoramento óptico, via satélite, de aerossóis -partículas poluentes em suspensão na atmosfera.
Há mais de 200 pontos de medição de aerossóis no mundo que usam um aparelho chamado fotômetro solar. Ele estuda como os aerossóis absorvem ou refletem a luz solar. As pesquisas ajudam a entender como os diferentes aerossóis (produzidos por queimadas ou poluentes urbanos) agem na atmosfera e no clima da Terra.
O pesquisador Carlos Alberto Pires, sob orientação do professor Paulo Artaxo, monitora esse aparelho e contou sobre seu trabalho: "Nossa parte é manter funcionando os aparelhos em vários pontos no Brasil, seis na região amazônica, um em Cuiabá e o daqui da USP, em São Paulo. Meu trabalho é analisar dados desses fotômetros".
Os cientistas já descobriram que, entre agosto e novembro, período em que se intensificam as queimadas no Brasil, poluentes gerados na região amazônica são transportados em direção ao Sul e ao Sudeste. Chegam a passar sobre a cidade de São Paulo em alturas de dois a cinco quilômetros. O pesquisador estuda os efeitos dos aerossóis na formação de nuvens e de chuvas em regiões como São Paulo, Amazônia e Andes.

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