Trilhas revelam o que ainda resta de um dos ecossistemas mais importantes do planeta

MÔNICA KRAUSZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando adulta, a cigarra deixa seu exosqueleto (externo) grudado a uma árvore, como uma pele velha.
E foi essa "casquinha" que chamou a atenção de Dayohane Domingues, 10, percorrendo a trilha das Águas.
Essa trilha fica na reserva particular Paiol Maria, um parque de ecoturismo em São Lourenço da Serra (56 km ao sul de São Paulo) que faz parte da mata atlântica, um dos ecossistemas mais importantes do planeta.
A garota até pensou em levar a "casquinha" para casa, mas, na trilha, aprendeu com os monitores que da mata não se deve levar nada, só recordações.
Dayohane e seus amigos também ouviram o canto de pássaros e conheceram espécies como uma gigantesca araucária, o palmito-juçara (ameaçado de extinção), bromélias e orquídeas.

Esquisita
Mas o que mais aguardavam era o encontro com o rio São Lourenço. É que teriam de atravessar por duas pontes: uma tibetana e uma pênsil. Uma aventura!
"Que ponte esquisita", comentou Vincent Ochoa, 8, ao ver a tibetana (tem forma de "V", com uma corda no centro, onde se deve pisar). Alguns tiveram medo de atravessar as pontes. Na pênsil, um novo desafio. "Balança mais", afirmou Valdirene Silva, 8.
No final da trilha, a imagem das corredeiras ser- viu de pano de fundo para muitas fotos do grupo.