São Paulo, sábado, 19 de julho de 2008

Brincadeira

Pipa no céu não tem dono

Todo mundo brinca de modo parecido; o que muda é a forma de competir e o jeito de empinar

Filipe Redondo/Folha Imagem
Artur Vieira empina sua pipa em pipódromo na zona oeste de São Paulo

MÔNICA RODRIGUES DA COSTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Férias lembram parques, que lembram cola, papel e linha, que lembram pipa. Será que cada um empina esse objeto voador de um jeito diferente? E como são as regras?
Para descobrir isso, a Folha percorreu São Paulo, em junho, conversando com crianças e pré-adolescentes que brincavam nas ruas, nos canteiros e nos parques da cidade.
Sonho de voar, observar o brinquedo dançar no céu e competir são as aventuras vivenciadas por eles com pipas, que, em vários tamanhos, balançam ao vento e se embaralham nas árvores.
"O legal é "tirar relo"", diz Artur de Moura, 7. Ou seja, competir com a pipa do adversário. Para Guilherme Damasceno, 13, a farra é "cortar, aparar e pegar". Ivo Grymberg, 12, sente alegria em fazer a danada subir.
Todo mundo brinca de modo parecido. Muda a forma de competir (usar ou não cortante na linha) e o jeito de empinar, uma espécie de truque pessoal, como quando você escreve.
Em cada lugar do Brasil, há nomes diversos. Tem a pipa (que é mais bicuda), a raia, a capucheta ou jerequetinha, a barraca. Em Salvador, cação e arraia. Na região amazônica, rabiola.
Não importa. De papel, plástico ou náilon, eles colorem as férias, sejam criados em casa, sejam comprados em papelarias.

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