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Visitante de peso
A baleia-franca-austral passa o inverno e a primavera nadando no litoral brasileiro
Ilustração: Márcio L. Castro
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MÔNICA CORRÊA DA SILVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Imagine uma baleia no
quintal de casa. Pois o
que parece impossível, ou no mínimo esquisito, acontece praticamente todos os dias, no
mês de setembro, em
Santa Catarina.
Quem mora entre a
praia da Lagoinha do Leste, em Florianópolis, e o
balneário Rincão, na cidade de Içara, vê baleias-francas-austrais nadando e mergulhando no mar
-bem em frente de casa!
As baleias viajam até
aqui, de julho a novembro, para ter filhotes e
amamentá-los ou para
acasalar. Mas o melhor
período para avistá-las é
de agosto a outubro.
Os filhotes das baleias-francas nascem com seis
metros de comprimento
-pelo menos 12 vezes
maior que um recém-nascido humano- e pesando em torno de cinco
toneladas.
Como o leite da mãe é
bastante gorduroso, o filhote engorda 50 quilos e
cresce até três centímetros por dia nas primeiras semanas.
A baleia-franca-austral
chegou a ser considerada
extinta em águas brasileiras. A bióloga Audrey
Amorim, do Projeto Baleia Franca, conta que a
caça às baleias no Brasil
durou 371 anos. E está
proibida desde 1987.
A última matança aconteceu na praia do Porto,
em Imbituba (SC), em
1973. Mas apenas em
1982 uma fêmea e seu filhote reapareceram no litoral catarinense.
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