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São Paulo, sábado, 20 de março de 2004

ENTREVISTAS

Crianças não eram o alvo dos músicos

Fabiana Beltramin/Folha Imagem
Marina e Vitor escutam CD de Zeca Pagodinho


Integrantes das bandas Charlie Brown Jr. e CPM 22 falam à Folhinha

FREE-LANCE PARA A FOLHINHA

Leia abaixo trechos das entrevistas com Marcão, guitarrista da banda Charlie Brown Jr.; Rogério Flausino e Marcio Buzelin, vocalista e tecladista do Jota Quest; Portoga, baixista do CPM 22, e Tico, baixista do Detonautas. (KATIA CALSAVARA)

PÚBLICO INFANTIL

"No início da carreira, não pensávamos nele, mas hoje temos a consciência de que a molecada escuta rock cada vez mais cedo", diz Marcão.
"Nunca foi meta atingir um público específico. Nossa música atinge as pessoas de forma genérica. A quantidade de crianças que gosta da banda é grande, não esperávamos tamanho sucesso", diz Marcio.
"Nós não esperávamos [que o público infantil gostasse". Essa foi uma surpresa muito boa", diz Rogério.

IDENTIFICAÇÃO

"A identificação do Jota Quest com o público infantil vem do espírito jovem que a gente tem. Tudo isso é uma grande brincadeira, um sonho de criança que virou realidade", conta Rogério.
"A gente sempre tenta passar mensagens positivas para o público. Também usamos uma linguagem bem simples", diz Portoga.
"Acho que as crianças percebem a nossa verdade nas músicas. O som dos Detonautas é tão sincero quanto a honestidade das crianças", explica Tico.

MÚSICA PARA CRIANÇA

"As crianças de hoje são muito espertas e mais inteligentes que as da minha geração, e isso faz com que elas se interessem por outros assuntos, não só por temas para crianças", fala Tico.
"No meu tempo, existiam [boas músicas produzidas para crianças]. Eu gostava das músicas do [programa de televisão] "Sítio do Pica-Pau Amarelo'. Atualmente, eu tenho observado o trabalho da Xuxa", diz Rogério.

INFLUÊNCIAS

"Eu tenho um filho de três anos. Ele sempre pede para eu tocar. É claro que eu sempre toco. Acho que as músicas que escuto são boas e, de alguma forma, vão ajudar a apurar o senso crítico dele", fala Tico.
"Eu não tenho filho ainda, mas não gostaria que ele ouvisse músicas negativas, que falem de drogas e crimes", diz Portoga.

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