| São Paulo, sábado, 21 de outubro de 2006 |
A vida dentro de um pote
Certa vez, a menina Zolfe descobre o que realmente quer dizer a palavra "partida"
GABRIELA ROMEU
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia o mundo de Zolfe estremeceu por inteiro. Do nada, uns homens mascarados invadiram sua casa e mandaram todos embora, numa marcha sem direção.
A menina Zolfe, personagem de "Nenhum Peixe Aonde Ir" (Edições SM, R$ 23), tem repentinamente a sua vida invadida pela guerra -uma guerra sem data nem lugar definidos.
E ela têm de decidir o que é realmente fundamental carregar em sua partida: um vestido vermelho, o caderno de desenho ou a capa de chuva? "Dois braços não bastam para levar o necessário", diz a menina.
Mas nem pensar em deixar Émil, seu peixe, para trás -e você, o que levaria? Émil, dentro de seu pequenino pote, tem um mundo tão frágil como o de Zolfe.
Depois de ler o livro, acho que você vai pensar sobre o que, na verdade, cabe dentro do seu universo.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice