São Paulo, sábado, 21 de outubro de 2006

A casa dos Bonecos

Mais de 850 marionetes moram no Museu Giramundo, em Minas

Leo Drumond/Folha Imagem
No chão e no teto, Sofia vê os bonecos


DÉBORA FANTINI
EM MINAS GERAIS

Quando não estão "atuando", mais de 850 bonecos do grupo mineiro Giramundo recebem visitas num museu em Belo Horizonte, onde moram e descansam há cerca de cinco anos.
Sem vidro de proteção, dá para ver de perto bonecos de 32 espetáculos do grupo.
Personagens de "Saci-Pererê" dividem a casa com marionetes de "Pedro e o Lobo" e de mais 16 espetáculos em cartaz -12 infantis.
Gleidstone da Silva, 12, que brinca de construir teatro de bonecos, passeou pelo Museu Giramundo atento a todos os detalhes. Ficou surpreso com o "tamanico" das marionetes de "A Bela Adormecida", que têm meio metro: "No palco, pareciam ser do meu tamanho [1,60 m". O monitor explicou que é um efeito da luz".

Eternos
A história da princesa foi a primeira a ser contada pelos bonecos do Giramundo, em 1971, um ano após o grupo ser criado por Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Maria do Carmo Vivacqua.
Beatriz Apocalypse, 37, diretora artística do teatro e professora da escola Giramundo, ensina o que aprendeu com os pais, Álvaro e Terezinha, aos filhos e a 15 jovens de uma favela de BH.
Mário Apocalypse do Nascimento, 14, é o caçula da trupe Giramundo. Com quatro anos, estreou em "Circo Teatro Maravilha".
Antes, desenhos seus haviam inspirado o avô a criar os bonecos de "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá". As duas peças saíram de cartaz, mas as marionetes moram no museu -afinal, elas não envelhecem. "Bonecos são eternos", diz a administradora, Adriana Apocalypse, 41, citando uma frase do pai, morto em 2003.

Museu Giramundo
r. Varginha, 235, Floresta, Belo Horizonte (MG). De terça a sábado, das 9h às 17h.
Tel. 0/xx/31/3421-1114
www.giramundo.org.br

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