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A casa dos Bonecos Mais de 850 marionetes moram no Museu Giramundo, em Minas
DÉBORA FANTINI EM MINAS GERAIS Quando não estão "atuando", mais de 850 bonecos do grupo mineiro Giramundo recebem visitas num museu em Belo Horizonte, onde moram e descansam há cerca de cinco anos. Sem vidro de proteção, dá para ver de perto bonecos de 32 espetáculos do grupo. Personagens de "Saci-Pererê" dividem a casa com marionetes de "Pedro e o Lobo" e de mais 16 espetáculos em cartaz -12 infantis. Gleidstone da Silva, 12, que brinca de construir teatro de bonecos, passeou pelo Museu Giramundo atento a todos os detalhes. Ficou surpreso com o "tamanico" das marionetes de "A Bela Adormecida", que têm meio metro: "No palco, pareciam ser do meu tamanho [1,60 m". O monitor explicou que é um efeito da luz". Eternos A história da princesa foi a primeira a ser contada pelos bonecos do Giramundo, em 1971, um ano após o grupo ser criado por Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Maria do Carmo Vivacqua. Beatriz Apocalypse, 37, diretora artística do teatro e professora da escola Giramundo, ensina o que aprendeu com os pais, Álvaro e Terezinha, aos filhos e a 15 jovens de uma favela de BH. Mário Apocalypse do Nascimento, 14, é o caçula da trupe Giramundo. Com quatro anos, estreou em "Circo Teatro Maravilha". Antes, desenhos seus haviam inspirado o avô a criar os bonecos de "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá". As duas peças saíram de cartaz, mas as marionetes moram no museu -afinal, elas não envelhecem. "Bonecos são eternos", diz a administradora, Adriana Apocalypse, 41, citando uma frase do pai, morto em 2003. Museu Giramundo r. Varginha, 235, Floresta, Belo Horizonte (MG). De terça a sábado, das 9h às 17h. Tel. 0/xx/31/3421-1114 www.giramundo.org.br Texto Anterior | Índice |
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