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São Paulo, sábado, 22 de abril de 2006

É aniversário do Brasil

Quinhentos e seis anos depois da chegada dos portugueses por aqui, dá para ver que o país já está bem crescidinho, mas há muito por construir

MARCELO COELHO

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, eles até que ficaram amigos dos índios. Fizeram uma festa na caravela, e todos dançaram juntos. Mas os portugueses não vieram aqui a passeio. Uns queriam enriquecer; outros, pregar a religião católica para os índios. Logo se criaram fazendas de cana e, mais tarde, foi descoberto ouro em Minas Gerais. Negros escravos foram trazidos da África.
Mais de cem anos depois do fim da escravidão, os descendentes dos escravos ainda sofrem com isso Os negros, mulatos e mestiços de índios ainda são a parte mais pobre da população.
Basta você sair de casa para ver favelas e crianças pedindo esmola na rua. Ao mesmo tempo, em todo lugar existem caçambas, prédios em construção e obras na rua. É como se o Brasil ainda não estivesse pronto; sempre há coisas para construir ainda.
Mas você nem precisa sair de casa para perceber outra coisa. Os programas de televisão, os filmes, os aparelhos domésticos sempre têm nomes americanos ou japoneses. Construímos muita coisa, mas também compramos muitos produtos de outros países. Há poucos inventores e cientistas brasileiros, comparando com os Estados Unidos, a Europa e o Oriente. O Brasil vende muitos produtos para conseguir o que precisa lá fora. Vende carros, carne e soja, por exemplo. Madeira também. Já viu o que acontece com a Amazônia, não é? Há uns trinta anos, mais ou menos, muita gente achava que no ano 2006 iríamos ser quase tão ricos como os Estados Unidos. Falta muito. É como na escola: temos de nos esforçar ainda mais.

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