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Brincadeiras
Quem nada na rua?
Livro ensina jogos de meninos paulistanos de algumas décadas atrás
GABRIELA ROMEU
DA REPORTAGEM LOCAL
"Bafo", "búlica" e "bate-lata": esses nomes são totalmente estranhos para você?
Mas não são para meninos que passaram a infância
na cidade de São Paulo há
umas cinco décadas.
Pelo menos não são para a
turma do Ettore Bottini, 58,
que acaba de contar como
eram esses e outros jogos no
livro "Mãe da Rua" (editora
Cosac Naify, R$ 42).
Se poucas crianças se divertem hoje com essas brincadeiras, onde elas foram
parar? "Não acho que elas se
perderam, acho que elas
mudaram. O que se perdeu
foi o espaço da cidade", explica Bottini, que sugere
que as crianças experimentem alguns dos jogos.
O livro não é feito especialmente para crianças,
também não privilegia as
meninas, já que elas não
eram da turma. Na verdade,
é uma leitura legal para ser
compartilhada entre pais e
filhos -seu pai vai lembrar
as brincadeiras da infância.
Hoje, você bem sabe, não
é fácil achar um lugar seguro para brincar nas cidades
grandes, onde criança não
manda na rua. Mas algumas
brincadeiras podem ser
praticadas num canto do
quintal ou do condomínio.
E aproveite aqui outras
dicas de quem já é adulto,
mas ainda não se esqueceu
de como era bom brincar
quando era criança.
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