São Paulo, sábado, 1 de janeiro de 1994
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Maia diz que seu governo 'começou mal'

EDNA DANTAS
DA SUCURSAL DO RIO

O prefeito do Rio, César Maia (PMDB), que obteve o maior índice de reprovação entre os dez prefeitos avaliados pela pesquisa Datafolha, disse que seu governo "começou mal". Na avaliação de Maia, reprovado por 50% dos cariocas entrevistados, sua administração começou de fato em outubro, após o ajuste das finanças municipais.
Até abril, segundo o prefeito, seu governo ficou "imobilizado" pelas dívidas herdadas da administração anterior e pela inexperiência da equipe que entrou.
A partir daí, já numa segunda fase que durou até setembro, César Maia disse que tratou do ajuste financeiro do município, que fecha o ano, segundo ele, com um superávit orçamentário.
"Até o terceiro trimestre faltou principalmente o fator de conservação da cidade", afirmou o prefeito. Nos últimos dois meses, na análise de Maia, foi retomada a defesa do solo urbano e a repressão a invasões.
Entre as ações do primeiro ano de seu governo, César Maia cita a unificação das tarifas de ônibus e a resistência à falência da rede municipal de saúde e educação. Essas áreas foram citadas pelos entrevistados entre os principais problemas da cidade hoje –o setor da saúde recebeu 13% das mencões e o da educação, 8%.
Os números da administração, fornecidos pelo prefeito, refletem, na opinião dele, que "não faltou trabalho": 105 obras estão em andamento na cidade. A principal delas, a chamada "linha amarela" –ligando Jacarepaguá (zona oeste) à avenida Brasil (zona norte)– será intensificada no próximo ano.
Na avaliação dos cariocas, o principal problema da cidade é a falta de segurança. Maia defende-se lembrando que a área da segurança pública está sob a responsabilidade do governo do Estado.
Como exemplo no combate à violência, o prefeito carioca cita a criação da Guarda Municipal, um grupo de atividades especiais que tem atuado mais na liberação de áreas tradicionalmente ocupadas por camelôs.
"Foram reabilitados 65 pontos da cidades, usados como pontos de venda de drogas e que viraram quiosques de flores", conta Maia. (Edna Dantas)

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