São Paulo, sábado, 1 de janeiro de 1994
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Habitação não cumpriu as metas do ano

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Para quem tem como meta construir 120 mil unidades habitacionais até o fim de sua gestão, 1993 foi para a prefeitura um ano de poucas iniciativas neste campo. A Secretaria da Habitação (Sehab) mantém em construção atualmente 15.785 unidades habitacionais, sendo que 10.101 moradias –construídas pelo sistema de mutirão– estão com obras paralisadas a pedido do Tribunal de Contas do Município (TCM) e sob suspeitas de irregularidades.
"Estamos levantado casos sérios de irregularidades nos contratos. Nos mutirões falta padronização de construções e não havia planejamento para a legalização dos terrenos. A impressão que dá é que tal confusão era proposital para não ser feita a prestação de contas", disse o secretário.
Os 83 mutirões que hoje estão paralisados foram contratados na gestão Erundina. A arquiteta Ermínia Maricato, secretária da Habitação na administração passada, afirma que existe um relatório de auditoria, eleborado pelo próprio TCM, que comprova que não há irregularidades nas prestações de contas dos mutirões.
Para Ermínia, está havendo "perseguição política". "O metrô de São Paulo foi construído em cima de terrenos sem posse definitiva e ninguém questiona isso", diz a ex-secretária, que acusa a administração Maluf de "desmontar a estrutura da Habitação".
Em seu primeiro ano, em 1989, a administração do PT também avançou pouco para diminuir o déficit habitacional da cidade. Ermínia "herdou" a construção de 27 mil casas da Cohab, que vinham da gestão Jânio Quadros, e iniciou obras de outras 3.000 unidades habitacionais. (VA)

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