São Paulo, sábado, 1 de janeiro de 1994 |
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Músicos se vêem em lojas de instrumentos
MARIA LUÍSA CAVALCANTI
O pessoal faz ponto mesmo, remexendo, fuçando e testando tudo. Mas é no sábado que o pai aparece para pagar. O estudante e guitarrista Fernando Mattar Cardoso dos Reis, 16, conseguiu arrastar a mãe, Elisabeth, para Pinheiros em plena tarde de quarta-feira. E saiu lucrando: "acabei de comprar um zoom", conta. A mãe não pareceu preocupada com os US$ 420 que desembolsou. "Vale a pena investir em música. Eu curto, é arte. E nós procuramos o melhor preço", justifica. Tem gente que também bateu perna para gastar bem gasto o dinheiro economizado durante o ano. Os irmãos Daniel, 14, e Matheus Giavanotti, 17, mostravam o prato de bateria que compraram. "As tias sempre dão uma grana pra gente comprar meia e cueca. Preferimos o prato." O guitarrista Vicente Zaragoza Escrich, 13, não passa um mês inteiro sem ir às lojas de instrumentos. "Não dá pra comprar nada, mas eu sempre testo e mexo nas coisas". Dessa vez ele levou uma guitarra por CR$ 100 mil. Os frequentadores dão as dicas para quem quer levar a melhor ao fazer a razão preço/qualidade. "Ande muito e verifique todos os preços. Troque seu usado por um novo, ou compre um usado", diz Helvio Kanamaru, 17, dono de uma recém-adquirida guitarra e de um estojo rígido novinho. "Outra boa é comprar uma base nacional de qualquer instrumento e ir trocando as peças por importados", conta Matheus Giovanotti. Texto Anterior: DAVID SIMS Próximo Texto: Mercado de arte teve aumento nas vendas Índice |
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