São Paulo, domingo, 2 de janeiro de 1994 |
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Parcelamento é a pior opção Das três alternativas oferecidas pela Secretaria da Fazenda paulista para o pagamento do IPVA deste ano, a pior é o parcelamento em três vezes. Segundo José Dutra Vieira Sobrinho, professor de matemática financeira, quem fizer esta opção estará pagando juros reais –acima da inflação– de 57,3% ao mês. No parcelamento, a primeira quota vence em 14 de janeiro, a segunda em 17 de fevereiro e a terceira em 14 de março. As duas últimas serão corrigidas pela Ufesp, a unidade fiscal do Estado. Com a correção monetária, o total dos juros poderá superar 110% ao mês, alerta Dutra, para quem a correção poderia até ser dispensada, tamanha a taxa real embutida no parcelamento. As outras opções são pagar à vista com desconto de 32% em janeiro ou sem desconto em fevereiro. O desconto de 32% embute juros nominais de 47% ao mês, taxa que, aparentemente, não é obtida numa aplicação financeira. Mas a vantagem financeira do pagamento com desconto pode não se concretizar. Se o dinheiro estiver aplicado no fundão, não há dúvida de que vale a pena pagar com o desconto de 32%. Esta aplicação costuma render menos que a inflação. Se estiver na poupança, as projeções são de um rendimento nominal de 44,89% entre 14 de janeiro e 14 de fevereiro (o crédito seria feito em 16 de fevereiro porque no dia 14 os bancos não vão abrir). Mas estas projeções são conservadoras. É bom aguardar a evolução da inflação e dos juros até perto do momento da decisão, dia 14 de janeiro. Outra hipótese é o dinheiro ficar num fundo de commodities até 17 de fevereiro. Aí, deve-se considerar um rendimento nominal em 22 dias úteis, contra os 21 da poupança do dia 14. Com um dia a mais e na suposição de que o fundo renda, líquido, o mesmo que a poupança, o ganho nominal chegaria a 47,47%. Texto Anterior: Cálculo pode ser prejudicial Próximo Texto: Fundos são boa opção Índice |
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