São Paulo, domingo, 2 de janeiro de 1994
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Administradoras de imóveis: marco decisivo em 94

JOSÉ ROBERTO GRAICHE

Apesar do processo de moralização vir se solidificando há algum tempo, na área das administradoras de bens imóveis e condomínios, se pode tranquilamente fixar o ano de 1994 como um marco definitivo para o setor. Enquanto antigamente era comum se ouvir falar em quebra de empresas da áreas, hoje se observa maior seleção, melhor fiscalização e mais intenso aprimoramento tencológico no sentido de proporcionar a condomínios e condôminos uma administração altamente profissional e totalmente especializada.
Através de uma modesta taxa, entre 5% e 10%, as administradoras prestam, mais e mais, serviços de extrema valia, que representam uma séria economia para quantos se utilizam dessas empresas. E os exemplos são fartos, como se pode notar. Analisemos, portanto, os principais, apontando as vantagens da administração profissional.
O que está mais em moda são as questões de segurança, sentindo-se, aí, a presença e a experiência de uma administradora que entendendo do problema pode dotar o prédio de condições adequadas para a preservação dos seus bens patrimoniais.
Outro aspecto importante, com cobertura de uma administradora profissional, é o acompanhamento da legislação social, envolvendo os funcionários dos condomínios, permanentemente alterada e que necessita de uma atenção diária.
E a inflação? Questão mais complicada não há. É preciso que uma administradora competente gerencie a movimentação do caixa para fazer aplicações corretas, remunerar o "flooting", proteger o dinheiro contra a inflação do mês, creditar ao prédio e prestar contas dos resultados.
Mas as vantagens não param aqui. O síndico, por mais bem intensionado que seja, nem sempre entende de todos os aspectos administrativo - operacionais de um prédio: daí, a importância de, tendo uma administradora por trás, poder realizar vistorias mensais nos condomínios, apontando falhas estruturais, irregularidades de equipamentos e as melhores formas operacionais, no sentido de cuidar do prédio e dar satisfação aos condôminos.
A partir de 1994, vamos ter a implantação dos sistemas de cobranças, apoiados por administradoras profissionais, por meio de fichas de compensação, emitidas através de fibra ótica. Esse passo envolve tecnologia de equipamentos e gastos que as administradoras estão fazendo com o exclusivo objetivo de aperfeiçoar não apenas seu segmento de recursos humanos, mas, também, dos seus recursos materiais, na busca da qualidade total.
Além do mais, as administradoras estão sendo cada vez mais fiscalizadas por entidades de classe como, por exemplo, a Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios). Isso significa um respaldo a mais para o setor do qual é destinado seu trabalho: condôminos, condomínios, o "staff" que compõe a área administrativa dos edifícios e os funcionários das administradoras. Diante desse quadro, há que se acreditar no ano de 1994 como um marco definitivo para o estabelecimento do verdadeiro e importante papel das administradoras de bens imóveis e condomínos.

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