São Paulo, domingo, 2 de janeiro de 1994
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A segunda é sempre mais difícil

NELSON DE SÁ

No teatro, a segunda apresentação é sempre difícil. Estão todos de ressaca emocional, depois da estréia.
Também uma segunda peça é sempre difícil, sobretudo depois do êxito que foi "Auto da Paixão". Romero de Andrade Lima não repete, com "Bandeira da Divina Graça", o momento maior que foi seu primeiro espetáculo, como autor. Talvez pela concentração do ato num palco, deixando de lado o rito – a cerimônia religiosa que envolvia o público em "Auto da Paixão". Ou talvez pela narração, concentrada em uma atriz muito jovem, ainda incapaz de conduzir a atenção da platéia. De qualquer maneira, se não chega a repetir a experiência vital que foi "Auto da Paixão", Romero de Andrade Lima não deixa de estar presente com os elementos inquestionáveis de sua arte, como os quadros, os figurinos, a música, o coro. Desta vez, porém, sem alcançar a unidade que o transformou na maior revelação do teatro brasileiro em 1993.
Bandeira da Divina Graça. Teatro Brincante. R. Purpurina, 428, Vila Madalena, zona oeste. Tel. 816-0575. Quinta a sábado: 21h. Domingo: 19h. Ingressos: CR$ 1.500 (quinta e sexta) e CR$ 1.900 (sábado e domingo).

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