São Paulo, sexta-feira, 7 de janeiro de 1994
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Violência é comum no sindicalismo do ABC

DA FOLHA ABCD

A violência é uma das marcas do sindicalismo na região do ABCD. De 1987 a 1992 foram assassinados três líderes sindicais nos municípios de Santo André e São Caetano. A truculência também é uma das características na disputa entre centrais sindicais na região.
As greves da categoria dos motoristas também são marcadas pela ocorrência de atos violentos, com quebra-quebra de veículos. O acusado pelo assassinato sempre andava armado e já tinha passagem pela polícia.
Em abril de 1987, Antonio Ubirajara Mota Faria, diretor do Conselho Fiscal do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano foi morto por dois desconhecidos com quatro tiros. O crime ocorreu na rua Amadeu Massaroto (na zona zul de São Paulo), quando Ubirajara deixava sua casa. Na sede da entidade, na época, nenhum sindicalista comentou o assassinato.
CUT
Um ano depois, o dirigente sindical Luiz Rodrigues dos Santos, ligado à CUT (Central Unica dos Trabalhadores), foi baleado na perna quando distribuía panfletos em frente aos portões da Rhodia, em Santo André. Foi o primeiro incidente grave envolvendo chapas da CGT (Central Geral dos Trabalhadores) e da CUT na disputa pelo controle do Sindicato dos Químicos do ABCD.
Em 1987, dois diretores do Sindicato dos Condutores do ABCD foram assassinados em Santo André durante campanhas salariais da categoria.
Já entre os metalúrgicos de São Bernardo, de onde saíram Luiz Inácio Lula da Silva e Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, nunca foram registradas ocorrências envolvendo sindicalistas com atos violentos.

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