São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994
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Volta Redonda não recebe verba do ISS

Contrato é questionado na Justiça

DA SUCURSAL DO RIO

O otimismo com a privatização da CSN ainda não contagiou a prefeitura de Volta Redonda, que combateu a venda da empresa. O secretário de Planejamento, Emmanuel Paiva de Andrade, 39, disse que a cidade continua sem receber dinheiro do ISS (Imposto Sobre Serviços) da siderúrgica, por conta de um acordo feito entre a empresa e o prefeito anterior, que está sendo questionado na Justiça pelo prefeito atual, Paulo Balthasar (PSB).
O contrato deu à CSN isenção de ISS entre 92 e 94 em troca de obras de infra-estrutura e transferências de terrenos para a prefeitura. Balthasar considerou o contrato desvantajoso e pediu a anulação na Justiça. Andrade disse que a prefeitura vai inscrever na dívida do município os créditos de ISS que julga ter com a CSN e que somavam CR$ 600 milhões em setembro de 93.
As tentativas de normalizar as relações entre a prefeitura e a CSN esbarram nas divergências políticas entre as partes. Balthasar foi eleito por uma coalizão que incluiu o PT, o PV, o PSB e o PC do B, enquanto a CSN vive uma fase marcada pelo neoliberalismo.
Segundo Paiva, a empresa está fazendo uma política de sufocar o poder público municipal para assumir ela mesma o comando político da cidade, como ocorria na época que Volta Redonda era área de segurança nacional e seus prefeitos eram nomeados.

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