São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 1994 |
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No elevador da Fazena 1; No elevador da Fazenda 2; Ganhando tempo; Na defesa; Não querem mais nada; De molho; Fazendo cálculos; Mosca azul; Troco; Equipe
DE MOLHO No elevador da Fazenda 1Ontem, no Ministério da Fazenda, Osiris Lopes e o senador Gilberto Miranda cruzaram com FHC. Para surpresa de ambos, o ministro pediu ao senador: "Lance o Osiris como o meu candidato a ministro da Fazenda." No elevador da Fazenda 2 Gilberto Miranda ficou tão surpreso com o pedido de FHC que perguntou ao ministro se podia fazer um discurso para anunciar que Osiris era seu candidato a sucedê-lo na Fazenda. FHC disse que sim. Ninguém entendeu. Ganhando tempo A emenda à revisão constitucional que reduz o prazo de desincompatibilização já foi apelidada de "FHC". O ministro seria o grande beneficiado, por ter mais tempo para ficar no cargo e tentar fazer decolar seu plano. Na defesa A "emenda FHC" gerou fortes reações contrárias no Congresso. Deputados e senadores não gostam da idéia de competir na eleição com governadores e secretários que manteriam os cargos e poderiam usá-los na campanha. Não querem mais nada Em reunião com a cúpula do PMDB, o relator Nelson Jobim falou da possibilidade de surgir na revisão constitucional a proposta de mudar o prazo de desincompatibilização. Os governadores, principalmente Fleury, adoraram. Antônio Britto adiou a volta a Brasília para a próxima semana. Fica no Sul recuperando-se de uma cirurgia e aproveita para acompanhar de longe a movimentação interna do PMDB em busca de um candidato a presidente. Fazendo cálculos Aliados de Britto continuam avaliando que ele só será candidato a presidente se tiver garantias de que não será boicotado pelo PMDB paulista e se tiver apoios externos, como PFL e PP. Ou seja, só com muita articulação. Mosca azul Além de achar que pode viabilizar uma eventual candidatrura presidencial de Fleury, o novo líder do governo, Luiz Carlos Santos (PMDB), sonha com a perspectiva de alavancar outra: a sua, para o governo paulista. Troco Depois que Andrade Vieira (PTB), presidente licenciado do Bamerindus, disse que os funcionários do banco serão seus melhores cabos-eleitorais, sindicalistas em Curitiba já começam a buscar munição para o contra-ataque. Como está Jobim recebe hoje o presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Paulo Paim (PT), e o diretor do Diap, Ulisses Riedel. Dirão que é melhor não mexer na questão trabalhista na revisão. Caso haja mudanças, levarão propostas. Equipe Antônio Angarita, professor da FGV e ex-presidente da Vasp, coordenará o programa de governo de Mário Covas em São Paulo. Texto Anterior: Amamentação reduz as chances de mulher desenvolver câncer na mama Próximo Texto: Alçando vôo; Espaço aberto; De volta para o futuro; Hora da vingança; Economia doméstica; Assunto proibido; Vôo liberado; TIROTEIO Índice |
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