São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 1994 |
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Especialista acha mortalidade muito alta
RICARDO BONALUME NETO
A enterocolite necrotizante ataca quase que exclusivamente bebês prematuros em unidades de terapia intensiva. Mesmo nos EUA a mortalidade é alta: de 20% a 25% das vítimas morrem. A doença atinge de 2% a 15% dos bebês em hospitais americanos. A incidência nos EUA tende a ser maior que no Brasil, segundo o cirurgião-pediatra José Goraib, especialista no tratamento da enterocolite que também trabalha nos dois locais no Rio. Esses bebês são atingidos porque têm intestinos imaturos. A alimentação pode ser causa da doença. Preparados lácteos são mais comuns nos EUA e provocam mais a doença do que o leite humano. Quando a origem é infecciosa a culpa geralmente é da transmissão pelo agente de saúde. O médico ou enfermeiro passa a doença de um bebê a outro. "O médico tem que lavar a mão não para se proteger, mas para proteger o próximo doente", afirma Goraib. A rapidez no tratamento é essencial. O médico já deve tratar até em caso de suspeita. Fezes sanguinolentas são o indício, confirmado por exames de raios X. Mas basta o prematuro recusar alimento para o médico já tentar descobrir se o bebê tem a doença. Texto Anterior: Prefeitura admite falha em hospital Próximo Texto: 'Vi 1 enfermeira para 8 bebês' Índice |
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