São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994
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Italianos ignoram desvio de verbas

HUMBERTO SACCOMANDI
DE LONDRES

A CGIL, principal central sindical italiana, afirmou ontem que não têm indícios de desvio de verbas enviadas à CUT. O órgão que envia o dinheiro admitiu, porém, que até 1989 havia pouco controle sobre a ajuda remetida ao Brasil.
"O dinheiro só é enviado para a realização de projetos específicos, aprovados por nós. Não há verbas políticas", afirmou à Folha Nana Corossaz, responsável por relações internacionais da CGIL (vinculada aos ex-comunistas). Segundo ela, o envio de ajuda não é nem realizado diretamente.
A verba para ajuda é enviada à CUT pelo Progetto Sviluppo (Projeto Desenvolvimento), um órgão ligado à CGIL e reconhecido pelo Ministério do Exterior italiano. O dinheiro do projeto vem de duas fontes: verbas do governo para ajuda internacional ou contribuição voluntária dos trabalhadores italianos.
"Os projetos da CUT aprovados e financiados por nós são supervisionados no Brasil. Temos pessoas, italianos, que controlam a realização. Além disso, exigimos uma prestação de contas discriminada", disse à Folha Alfonso Torselo, diretor do Progetto Sviluppo. Mas ele admitiu que esse controle não era tão rígido até 1989.

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