São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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No Paraná, articulações já estão avançadas

DA AGÊNCIA FOLHA

O Paraná –Estado que até a semana passada tinha a sucessão estadual mais ligada à federal– já desatou parte desse nó. Com a definição do ex-ministro José Eduardo Andrade Vieira (PTB) pela disputa presidencial e a opção do ex-prefeito curitibano Jaime Lerner (PDT) pelo Palácio do Iguaçu, só o ex-governador Alvaro Dias (PP) ainda vacila entre os dois caminhos.
Vieira, Lerner e Dias eram os três favoritos ao governo do Estado. Dias tentará até abril viabilizar-se como candidato nacional. Se não conseguir o objetivo principal, candidata-se ao governo paranaense com o apoio do atual governador, Roberto Requião (PMDB), que postula a candidatura à Presidência por seu partido.
Na Bahia, o mistério é sobre a opção do governador Antonio Carlos Magalhães (PFL). Quatro pefelistas desejam suceder o chefe: Paulo Souto, Waldeck Ornelas, Raimundo Brito e Benito Gama. No PSDB, a disputa pela indicação interna resume-se ao ex-ministro Jutahy Magalhães Júnior e o deputado Waldir Pires, com chance maior para Jutahy. No PMDB, o senador Ruy Bacelar e o ex-governador Nilo Coelho querem a legenda.
A tradicional disputa entre esquerda e direita pernambucanas poderá não ocorrer em outubro. O favoritismo do ex-governador Miguel Arraes (PSB) pode fazer o forte PFL local apoiar o prefeito de Recife, Jarbas Vasconcelos (PMDB), um ex-aliado de Arraes.
Por enquanto, prevalece no PFL a tese de uma candidatura própria, mas nomes como o do deputado Roberto Magalhães e do ex-ministro Gustavo Krause já estariam dispostos a apoiar Jarbas contra Arraes, que deve coligar-se com o PT. O PPS e o PSDB devem participar de uma frente contra o ex-governador.
O elo entre eleição para a Presidência e governo estadual também existe no Ceará. O ex-governador Tasso Jereissati espera a definição do quadro nacional para fazer sua opção. Se não for candidato a presidente –hipótese remota hoje– ou a vice, Tasso deverá tentar voltar ao governo estadual.
O ex-governador é considerado o único candidato com condições de derrotar o ex-prefeito de Fortaleza Juraci Magalhães (PMDB), que já está em campanha. Se Tasso entrar no páreo estadual, pode ter o apoio de PT e PDT. PFL, PPR e PP devem ficar com Magalhães. PSB e PC do B tentam criar uma opção à polarização PMDB-PSDB.

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