São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Falta de candidatos à Presidência torna indefinida sucessão estadual

DA REPORTAGEM LOCAL E

A indefinição sobre candidaturas à Presidência da República está "amarrando" o quadro sucessório nos grandes Estados. Como só Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é candidato declarado ao Planalto, as articulações estaduais ainda dependem das tentativas de composição para o quadro federal.
Em São Paulo, só o senador Mário Covas (PSDB) e o deputado federal José Dirceu (PT) escapam dessa "operação casada". O PMDB está preso ao destino do ex-governador Orestes Quércia. Se ele concorrer à Presidência, o caminho pode ficar livre para o ex-ministro Barros Munhoz.
Porém, com as objeções que sofre para viabilizar-se na disputa federal, Quércia pode tornar-se o fato novo na eleição paulista. O mesmo raciocínio aplica-se ao prefeito Paulo Maluf (PPR).
No Rio, o único candidato confirmado é o ex-prefeito carioca Marcello Alencar (PSDB). O prefeito Cesar Maia (PMDB) quer que seu partido apóie o tucano, mas depende de uma aliança federal entre as duas legendas.
A direção nacional do PT torce para que o candidato do partido seja Jorge Bittar, por entender que ele é capaz de alavancar a candidatura Lula no Rio, mas o deputado Vladimir Palmeira insiste em ser candidato. O PDT divide-se entre os nomes de Darcy Ribeiro, Anthony Garotinho, Jorge Roberto da Silveira e Noel de Carvalho.
O ex-ministro Antônio Britto (PMDB) é o favorito no Rio Grande do Sul, mas é pressionado para disputar o Planalto. Se ceder às pressões, abre caminho para o deputado Mendes Ribeiro.
O PT já está em campanha com o ex-prefeito de Porto Alegre Olívio Dutra, e o PPR marca posição com o empresário Luiz Carlos Mandelli.
O governador de Minas Gerais, Hélio Garcia, é a peça-chave na disputa local. Recém-filiado ao PTB, ele confidencia a amigos que pretende amarrar a escolha estadual à disputa pelo Planalto. Em recente conversa com o governador Ciro Gomes (PSDB-CE), foi discutida a eventual candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Eduardo Azeredo, mas ele ainda não é o candidato tucano. O ex-ministro Paulino Cícero também quer a legenda.
O ex-deputado Hélio Costa (PP) lidera as pesquisas sobre a sucessão mineira. No PMDB, o ex-governador Newton Cardoso disputa a indicação interna com o deputado Tarcísio Delgado e o empresário José Alencar Gomes da Silva.

Colaborou a Sucursal do Rio

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