São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
Texto Anterior | Índice

Veja como se preparar para expor bem

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao participar de uma feira, a empresa deve estar preparada para atender a um aumento rápido da demanda, sob o risco de "queimar" sua imagem frente ao cliente. De acordo com dados do Sebrae, um evento gera, em média, 250 contatos para o expositor. Desse total, cerca de 50% se transformam em negócios reais fechados a curto ou médio prazos.
Patrícia Wanderley, coordenadora de feiras do Sebrae SP, diz que na Couromoda do ano passado vários expositores deixaram o evento antes do final por não ter mais condições de atender a novos pedidos.
Ela aconselha que o expositor defina seus objetivos antes de comprar espaço em um evento. Em feiras técnicas, setorizadas, por exemplo, nem sempre é fácil fechar um negócio, mas são excelentes oportunidades de "vender" a imagem e conceito de uma empresa. "Nesses casos, os contatos podem gerar negócios a longo prazo", diz.
Lucro
Não são poucas as empresas que "se fizeram" em feiras. A indústria Brioline, fabricante de giz repelente de insetos, por exemplo, foi a empresa que mais vendeu por metro quadrado na UD de 93. João Batista Bueno da Silva, 42, dono, diz que com o lucro gerado na feira, comprou um apartamento em São Paulo, avaliado em US$ 200 mil.
A indústria é pequena, está há quatro anos no mercado, mas já participou de três feiras. O giz repelente consumiu meses de pesquisas e, na UD, virou notícia em vários telejornais. O empresário já fechou o primeiro contrato de exportação de giz para os EUA.
Kátia Rodrigues, 36, dona de uma pequena empresa que leva seu nome, faz "nécessaires" e malas em matelassê. Começou a participar de feiras em 91, dois anos depois de abrir a empresa. "Na primeira feira fiz contatos com representantes no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro", diz. Em outra feira, em 92, expandiu os negócios para o Nordeste. Hoje, conta com uma carteira de 700 clientes em vários Estados. Kátia estará em quatro eventos este ano, nas duas edições da Gift Fair, Escolar e Brindes e Presentes.
Mas para ter sucesso, é preciso se "armar". A confecção de catálogos e folhetos sobre os produtos não pode ser deixada de lado. Dependendo do evento, vale a pena confecioná-los em inglês e espanhol, além do português. Para uma feira de cinco dias, o ideal é ter um mínimo de 5.000 folhetos.
O estande também deve ser bem apresentado e chamativo e nunca pode ser deixado sozinho. A montagem de um estande simples sai por cerca de US$ 1.000. O aluguel de um espaço de 25 m2 em uma feira gira em torno de US$ 3.000. É preciso reservar ainda dinheiro para gastos com limpeza, energia elétrica, segurança, transporte, acomodação e alimentação de funcionários. Um rápido treinamento das pessoas encarregadas pelo atendimento é sempre útil.

Texto Anterior: Micro pode ter subsídio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.