São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 1994
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Delegado ouve mais dois depoimentos

DA "FT" E DA FOLHA ABCD

Delegado ouve mais dois depoimentos
O delegado Nelson Guimarães, que preside o inquérito sobre a morte do presidente do Sindicato dos Condutores Rodoviários do ABC, Oswaldo Cruz Júnior, vai ouvir hoje os depoimentos de Antonio Carlos Meireles e Luís Carlos Torres.
Meireles é assessor da Coordenadoria do Trabalho da Prefeitura de São Bernardo do Campo, já foi condenado em dois processos por ter chamado o empresário Roberto Teixeira de 'PC do Lula' e apresentou o motorista José Gomes como testemunha do caso.
Carlinhos
Gomes disse na polícia que ouviu o diretor José Carlos de Souza, o Carlinhos, dizer ao telefone: "O Oswaldão passou dos limites. Só matando mesmo." Torres também é motorista e estava no sindicato no dia do crime. O depoimento de Carlinhos foi marcado para a próxima quinta-feira.
No sábado, Carlinhos voltou a negar que tenha cercado Oswaldo na hora em que ele estava sendo baleado e disse que fugiu da sala onde ocorreu o crime assim que Zezé começou a disparar.
Segundo ele, Oswaldo abaixou-se como se fosse pegar alguma coisa em uma gaveta, quando Zezé teria sacado a arma e disparado os tiros. Essa versão foi dada em depoimento ao 1.º DP de Santo André.
"Gabriela"
O carro de som "Gabriela", pertencente ao Sindicato dos Condutores do ABC, foi apreendido ontem de manhã pela Polícia Militar, em São Bernardo. O carro estava na rua 1.822, no Jardim Independência, na altura do número 230, e era conduzido por Paulo Estevam Martins de Moraes, diretor do sindicato.
Na quinta-feira, Cícero Bezerra da Silva registrou boletim de ocorrência de de apropriação indébita do veículo Mercedes-Benz ano 80.
No boletim de ocorrência, Silva afirma que o veículo foi visto sendo utilizado por Antonio Cruz, irmão de Oswaldo Cruz Júnior. O carro foi encaminhado ao pátio da Prefeitura de São Bernardo.
O diretor de Relações Sindicais da entidade, Clodovil de Carvalho, afirmou que a apreensão é um ato arbitrário de Silva. "Todo diretor do sindicato pode usar o carro. Cícero quer impedir aqueles que me apóiam de passar mensagens à categoria."

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