São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 1994 |
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Robert Plant invoca passado
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
O show abriu com "Tall Cool One", de seu LP "Now and Zen", de 1988. É uma pauleirada inevitável, que precisou de três guitarristas para reeditarem a lava de Jimmy Page. Logo ficou no ar uma unanimidade cochichada: o barulho inicial cravou a certeza, na multidão, de que aquilo seria a extensão da pauleirada do Ugly Kid Joe e Sepultura. Mas era mentira deslavada. Veio de Plant, em seguida, uma enxurrada de sucessos acústicos do Led Zeppelin. Veio até mesmo "If I Were a Carpenter", escrita por Plant em 1967. A noite só ficou dilacerante, para o público, a partir da oitava música, "In the Mood", de 1984. Seus músicos estavam impecáveis. Plant gastou todo o ar numa declaração de amor ao país, traduzida, a seu pedido, por Zeca Camargo da MTV. Cantou até aquela moda californiana que se chama de "afro-jazzy", mas conquistou o público com "Whole Lotta Love". Se Led Zeppelin tem sido sua crucificação, foi ontem sua ressureição. Texto Anterior: Segunda noite atrai mais público ao festival Próximo Texto: Sepultura lava a alma dos fãs Índice |
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