São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 1994 |
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Profissões do futuro; Língua portuguesa; "Adote um marajá"; Moratória com utopia; Universidades públicas; Previsões Profissões do futuro "Aguardei com profundo interesse a publicação de 'Profissões do Futuro'. Está de parabéns quem idealizou a reportagem. Devemos, entretanto, aproveitá-la para esclarecer principalmente os estudantes. Devem eles ser alertados para o fato de que o mercado de trabalho que buscam não é o de agora e sim o do ano 2000, portanto a ótica é diferente. Em segundo lugar, quero concordar com o fato de que os 'serviços' ocuparão lugar de destaque no mercado futuro mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de discordar das 'notas' dadas às profissões no quadro 'Areas com menor importância', embora não conheça os critérios de avaliação. Observo que não há nenhum profissional daquelas áreas envolvido entre os que 'deram notas'. Por último manifesto a estranheza de não ver entre os participantes nenhum especialista da área de educação." Antonio Veronezi, presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Brasília, DF) Língua portuguesa "Oportuna é a afirmação de José Saramago, em entrevista à Ilustrada de 12/01, quando diz que há necessidade de 'trabalho em comum de brasileiros, portugueses e africanos de expressão portuguesa...' para potencializar essa realidade. A realidade consciente de que a língua portuguesa é falada por mais de 200 milhões de pessoas e, segundo dados, fala-se mais português do que o francês, o alemão e o italiano. Recentemente, realizou-se em São Paulo, o 2º Congresso de Escritores de Língua Portuguesa, promovido pela União Brasileira de Escritores e com presença de escritores brasileiros, portugueses e africanos, com um ato para demarcar as emoções do idioma, que é a paixão nossa de cada dia." Henrique L. Alves (São Paulo, SP) "Adote um marajá" "Sugestão para adesivo que a população e servidores públicos com miseráveis salários deveriam divulgar pelo Brasil afora, clamando por justiça social: 'Adote um marajá, US$ 12.400 mais vantagens pessoais'." J. Geraldo R. Lobo (São Paulo, SP) Moratória com utopia "Certos artigos publicados na Folha fogem dos mesmismos, das reiterações do existente e do entusiasmo nostálgico pelo passado. O artigo de Tarso Genro, 'Uma moratória com a utopia' (edição de 13/01) é um deles e atesta a lucidez de seu autor." Luiz C. Vieira (Florianópolis, SC) Universidades públicas "Vender as universidades públicas é fugir à obrigação de educar. Covarde é o Estado que lava as mãos ante a um quadro triste de ignorância nacional. Prostituto é o Estado que se vende por propostas indecentes de neoliberalismo exacerbado. Burro é o país que não sabe enxergar o futuro." Marcos Roberto Souza Brogna (Americana, SP) Previsões "Itamar Franco disse em sua mensagem de fim de ano que 1994 será um ano de dificuldades. Governantes anteriores já disseram que o ano seguinte seria cinzento, outro que seria preto e agora ele disse que o ano de 94 será de muitas dificuldades. Ele está é chovendo no molhado, pois todos esperamos é isso mesmo, o que é uma prova de descrença na vontade política e na capacidade humana para a solução dos nossos problemas." Jethro Mourão da Cunha (Teófilo Otoni, MG) Texto Anterior: Para além da indignação Próximo Texto: Funcionários das estatais; Salário dos professores; Aventura em duas rodas; Os eucaliptos de Maluf Índice |
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