São Paulo, terça-feira, 18 de janeiro de 1994 |
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'Usuário fantasma' pára metrô de SP
DANIEL CASTRO
Um "fantasma" paralisou por mais de dez minutos a linha Leste-Oeste do Metrô, a mais movimentada de São Paulo. Um maquinista teria visto uma pessoa passeando pelo túnel entre as estações d. Pedro 2.º e Brás (centro) às 14h21. O maquinista alertou por rádio o Centro de Controle Operacional do Metrô. Informou que o "visitante" caminhava pela passagem de segurança, uma espécie de calçada que fica ao lado dos trilhos. Por cautela, os trens pararam e a energia elétrica que corre pelos trilhos das duas estações foi cortada. Quatro seguranças da companhia iniciaram então uma devassa pelos túneis à procura do suposto intruso. Mas não acharam ninguém. As câmeras instaladas nas entradas das duas estações também não gravaram nenhuma imagem do suposto invasor dos trilhos. Segundo o gerente-interino de operações do Metrô, Atílio Nerilo, 44, "não é muito raro" algum usuário "excursionar" pelo subterrâneo. Mas não encontrá-lo é inédito. Segundo o Metrô, esse foi o primeiro caso de um "fantasma humano". Os funcionários do Metrô já estão acostumados a conviver com situações e seres imaginários. Os "espectros" mais comuns são chamados pelos técnicos de "falsa ocupação". Esses "fantasmas" surgem quando os computadores do Metrô –que monitoram qualquer movimento nos trilhos– detectam uma composição parada na linha. O trecho é interditado e, após checagem, descobre-se que o trem não existia. Era um "trem-fantasma", gerado por distorções e falhas dos computadores do Metrô, equipamentos considerados ultrapassados. Além dos "fantasmas", paralisações são provocadas diariamente pelo excesso de passageiros. Muitos usuários não conseguem entrar no vagão e impedem o fechamento das portas. (Daniel Castro) Texto Anterior: Metrô vai trocar os computadores Próximo Texto: CET implanta programa de trânsito para jovens Índice |
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