São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 1994 |
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João Alves diz que não terá mandato cassado Deputado afirma que votação de hoje será uma 'bagaceira' SÔNIA MOSSRI
"Estou esgotado. Estou traumatizado. Não quero ver nada", afirmou João Alves, dizendo que não vai assistir pela TV a transmissão da leitura do relatório da CPI. O parlamentar afirma que lançou mão de doses maciças de vitaminas para suportar o estresse provocado pela CPI. Ele diz não saber se a relatório da CPI sugerirá ou não a sua cassação, mas avisa que a votação no plenário da Câmara será "uma bagaceira". "Acredito na dignidade do Congresso, que não vai se submeter ao capricho e vontade de uma CPI que pretende se promover eleitoralmente e às custas da honra alheia. Além disso, a Comissão de Constituição e Justiça é independente e não está subordinada à CPI. Tenho certeza que vai julgar criteriosamente caso por caso", diz João Alves. Sempre com um telefone celular, João Alves nega as principais acusações feitas pela CPI e garante vai "aos extremos, em todos os sentidos da palavra" para se defender. "Eu sou o homem que evitou o roubo e o saque do orçamento da República. Não conheço, não tenho ligações e nem atendi de qualquer modo ou espécie a instituições, empreiteiras ou empresas", disse o ex-relator da Comissão Mista de Orçamento. Cercado de papéis por toda a sala e escritório do seu apartamento em Brasília, o ex-relator da Comissão Mista de Orçamento acusa o presidente da CPI, senador Jarbas Passarinho (PPR-PA), de ter prejudicado a sua defesa ao mandar a Polícia Federal retirar documentos do seu apartamento. Texto Anterior: Legislação não mudou Próximo Texto: José Carlos lamenta falta de mais provas Índice |
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