São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 1994
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Meia repete as críticas

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

O jogador Zico acredita que suas denúncias contra suposta manipulação de resultados no primeiro campeonato profissional disputado no Japão vão ajudar a candidatura do país para sediar a Copa do Mundo de 2002. "Moralizando agora o futebol o país ganha força e deve levar o Mundial para lá." Zico vai jogar no Kashima até junho. "Depois, tenho 90% de chances de voltar ao Brasil." Caso retorne ao Brasil, seu irmão, o técnico Edu Coimbra, pode ser contratado para dirigir o time do Kashima.
O meia repetiu as críticas ao juiz Shizuo Takada, que domingo passado marcou pênalti contra o Kashima, que vencia por 1 a 0. "Armação, complô, farsa, tremenda conspiração" foram as palavras com que qualificou o desempenho do juiz.
Zico foi expulso depois de cuspir na bola em protesto contra o pênalti. "Cometi um erro, mas a cabeça não aguentou. Foi minha primeira expulsão por reclamação. As outras quatro foram por jogada violenta."
Ele vê paralelos entre as arbitragens no Japão e no Rio, onde há denúncia de "armação" de resultados.
O jogador vai fazer radiografia porque teme estar com uma costela fraturada. No domingo, contou, levou uma cotovelada do também brasileiro Bismarck. "Este não quero ver nunca mais na minha frente."
Zico foi suspenso ontem por quatro partidas pela liga japonesa. Com isso, ele não poderá participar dos primeiros jogos da próxima temporada da J-League, que começa em 12 de março. Segundo um porta-voz da entidade, nem o jogador nem o Kashima Antlers poderão recorrer da decisão. Em agosto passado, Zico e Alcindo, outro atacante brasileiro do Kashima, já haviam recebido uma suspensão de quatro jogos. Eles empurraram um juiz durante uma partida.
O ex-atacante da seleção brasileira foi criticado em razão de sua atitude na final, mesmo por outros estrangeiros que atuam no Campeonato Japonês. (MM)

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