São Paulo, segunda-feira, 24 de janeiro de 1994
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Romance

Será lançado daqui a dois meses o novo livro de Gabriel García Márquez. PÁG. 5
Especial
24/01/94
Autor: IRENE . ALNE
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ALNE
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Editoria: ILUSTRADAPágina: 5-1
Edição: NacionalTamanho: P 25 palavrasJAN 24, 1994
Legenda Foto: O diretor de teatro Gerald Thomas
Crédito Foto: Mujica/Folha Imagem
Vinheta/Chapéu: \<FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>TELEVISÃO\</FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>
ESPECIAL
A TV Cultura inicia as gravações de documentário sobre Gerald Thomas. PÁG. 5
Teatro
24/01/94
Autor: IRENE . ALNE
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Editoria: ILUSTRADAPágina: 5-1
Edição: NacionalTamanho: P 27 palavrasJAN 24, 1994
Legenda Foto: O cenógrafo José Carlos Serroni
Crédito Foto: Otavio Dias de Oliveira/Folha Imagem
Vinheta/Chapéu: \<FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>ENTREVISTA\</FD:"VINHETA-CHAPÉU"\>
TEATRO
J.C. Serroni fala sobre "Vereda da Salvação" e a cenografia brasileira. PÁG. 6
Morre em Paris o ator Jean-Louis Barrault
24/01/94
Autor: FERNANDA SCALZO IRENE . ALNE
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Editoria: ILUSTRADAPágina: 5-1
Edição: NacionalTamanho: G 406 palavrasJAN 24, 1994
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Morre em Paris o ator Jean-Louis Barrault
FERNANDA SCALZO
De Paris
O ator Jean-Louis Barrault, o maior nome do teatro francês, morreu anteontem de manhã, aos 83 anos, de um ataque cardíaco em sua casa, na avenida Presidente Wilson, em Paris. Segundo Amidou, um empregado que trabalhava para o ator há 30 anos, Barrault passou toda a última sexta-feira junto à mulher, a atriz Madeleine Renaud, 83, "como se suspeitassem de algo".
Barrault foi o responsável pela construção dos teatros de Orsay e do Rond Point, ao lado de sua mulher Madeleine Renaud, além de ter realizado encenações de incontáveis autores, de todas as épocas e estilos, das vanguardas de Ionesco e Camus aos clássicos de Molière e Shakespeare.
No cinema, Barrault tornou inesquecível o personagem Batiste de "Boulevard do Crime" (Les Enfants du Paradis, 1945), de Marcel Carné. Mesmo tendo participado de cerca de 30 filmes, o ator dizia preferir o teatro ao cinema, da mesma forma que preferia "fazer amor numa cama a fazer por correspondência".
"Era um ator extraordinário. Vai ficar na história do teatro como ator e também como diretor de companhia. Eu devo a ele 'Boulevard do Crime'. Nós nos divertíamos muito nas filmagens. Foi sempre um prazer filmar com ele", declarou o diretor Marcel Carné à TV francesa. "Barrault era uma mistura de lirismo e inteligência. Tudo o que ele sempre fez foi com a força da paixão e ao mesmo tempo uma extraordinária agudeza de espírito", declarou o ministro da Cultura da França, Jacques Toubon.
"Para mim, é o maior nome do teatro francês. No exterior, mesmo depois de ter parado suas atividades, continuou o símbolo do teatro francês. Era um grande artesão do teatro. Era ele quem fazia a iluminação, o cenário, punha a mão em tudo. E tinha também um carisma extraordinário", declarou o ator e diretor Jean Dessailly, que excursionou pelo mundo, e esteve várias vezes no Brasil, com a Companhia Renaud-Barrault.
"É um dos homens de teatro mais reputados no mundo. Fez o teatro francês ficar conhecido no mundo todo. Ele sonhava com um tipo de teatro do mundo, uma república universal do teatro", disse Jacques Lang, ex-ministro da Cultura da França. A cerimônia religiosa será amanhã, às 10h30, na igreja Saint-Pierre de Chaillot e o enterro, em seguida, no cemitério de Passy. O presidente François Mitterrand e o primeiro-ministro Edouard Balladur enviaram a Madeleine Renaud as suas mensagens de pêsames.

LEIA MAIS
Sobre Jean-Louis Barrault à pág. 5-5

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