São Paulo, segunda-feira, 24 de janeiro de 1994
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Guerrilha da Colômbia massacra 32 camponeses de um grupo rival

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um ataque atribuído a guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deixou pelo menos 32 mortos e 11 feridos. O massacre aconteceu na cidade de Apartado, 450 km a noroeste de Bogotá (capital), na madrugada de sábado para domingo. As vítimas seriam todas pertencentes ao grupo ex-guerrilheiro Esperança, Paz e Liberdade (EPL).
Os asassinos invadiram uma festa e começaram a atirar indiscriminadamente. Eles vestiam uniformes do Exército, da polícia e trajes civis e estavam encapuzados. No atentado, usaram fuzis, metralhadoras Eme-60 e submetralhadoras Uzi, segundo a polícia.
O número de mortes pode ser maior, segundo Mario Aguedo, dirigente da EPL em Urabá, onde o massacre aconteceu. Ele disse que muitas pessoas "morreram fugindo", e que será necessário fazer uma busca para saber se há mais mortos. Segundo Aguedo, os combates dos últimos anos na região –cuja principal atividade econômica é a produção de bananas– deixaram centenas de mortos.
O EPL –que renunciou à guerrilha há três anos– disputa com a Farc o domínio político em Urabá. O massacre aconteceu poucas horas depois de um comício do EPL, ao qual esteve presente o candidato do grupo ao Senado, Aníbal Palacio. Segundo Mario Aguedo, Palacio não estava presente na hora do atentado. As eleições para o Congresso da Colômbia estão previstas para março.
Ontem, uma operação conjunta do Exército e da polícia em Villeta (60 km ao sul de Bogotá) libertou o industrial Carlos Upegui, que esteve em poder de sequestradores da Farc durante cinco meses.

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