São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 1994
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Cobertor curto; Corrida presidencial; Saiu para o ataque; Toma lá dá cá; Sempre otimistas; Pânico empresarial; Deserto; Folia; Conflito pela frente; Não é bem assim

Cobertor curto
A votação do Plano FHC ontem mostrou que está cada vez mais caro para o governo captar votos no Congresso. Fez acordo com o PDT e, na mesma hora, comprou briga com uma bancada maior: a do PFL. É a lógica da sucessão.
Corrida presidencial
O que mais irritou o PFL não foi o adiamento da revisão, mas a perspectiva de o governo ajudar Brizola. Cada vez mais a sucessão presidencial complica a vida do governo no Congresso. E só vai piorar daqui para frente.
Saiu para o ataque
ACM torpedeou o acordo do governo com o PDT –o de adiar a revisão em troca de apoio ao Plano FHC. Sobre a candidatura de FHC, disse: "Ficou ainda mais fraco. Quem faz um acordo como este não pode governar o país."
Toma lá dá cá
Ao saber que o PT votaria a favor dos projetos do governo, o vice-líder do PPR, Armando Pinheiro (SP), não teve dúvidas: "Certamente entrou nessa negociação o fim da CPI da CUT."
Sempre otimistas
Aliados de FHC dizem não estar preocupados com as notícias de impaciência de Itamar com o plano econômico. "O presidente e o Brasil sabem que o plano é gradual", comentou um deles.
Pânico empresarial
Em reunião ontem em Brasília, as entidades empresariais nacionais fizeram um diagnóstico pessimista sobre a revisão. Acham que o Congresso está imóvel. Marcaram uma "mobilização" de empresários hoje em Brasília.
Deserto
Os defensores da revisão constitucional diziam ontem que o adiamento para depois do Carnaval jogará as principais decisões para abril, quando a campanha eleitoral estará começando. Conseguir quórum será complicado.
Folia
Além da semana do Carnaval, os líderes já temem pelo quórum nos dias que o antecedem. Não há passagens para sair de Brasília, o que impedirá a ida de parlamentares. Já tem gente com saudade dos jatinhos de empreiteiras.
Conflito pela frente
Relator do Orçamento, Marcelo Barbieri (PMDB-SP) disse ter recebido pedido do ministro Santillo para aumentar a dotação da Saúde no Orçamento. Pelo jeito, Santillo desistiu de apelar a FHC.
Não é bem assim
A CNI rebate argumento de Barelli segundo o qual o aumento de 18% da produtividade industrial permite elevar o mínimo para US$ 100. Diz que ele deveu-se à terceirização, que transformou custos de salários em serviços.

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