São Paulo, sexta-feira, 28 de janeiro de 1994
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PMDB e PSDB acertam aliança eleitoral

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os presidentes do PMDB, deputado Luiz Henrique (SC), e do PSDB, Tasso Jereissati, formalizaram ontem a aliança entre os dois partidos para apoiarem o mesmo candidato à Presidência da República, pelo menos no segundo turno das eleições. A idéia é ampliar a coligação, incluindo PDT, PTB e PP. Luiz Henrique teria uma reunião ontem à noite com o governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, presidente do PDT, para discutir o assunto.
A aliança recebeu sinal verde das Executivas Nacionais do PMDB e do PSDB, que reuniram-se separadamente em Brasília, ontem. Mas as primeiras divergências já surgiram. Os partidos discordam com relação ao lançamento ou não de candidaturas próprias nesse momento.
O presidente do PMDB acha que os partidos coligados "devem" ter seus próprios candidatos e se manterem aliados em torno de um "programa mínimo" de governo, que ainda será elaborado. Jereissati pensa diferente. Para ele, é "condição indispensável" à união que todos abram mão de lançar nomes agora.
Luiz Henrique defende que até 31 de maio, prazo final para registro de candidaturas, seja escolhido o "candidato mais forte para vencer as eleições", dentre os lançados pelos partidos coligados. Se isso não for possível, cada um concorreria com seu candidato no primeiro turno, mantendo um "pré-pacto" com os demais, de apoio no segundo turno.
Tasso acha que a coligação deve visar uma candidatura única já no primeiro turno das eleições. Para isso, considera fundamental que nenhum partido lance nomes nesse momento. A primeira dificuldade seria convencer Brizola a não deslanchar sua candidatura.
O presidente do PSDB disse que a aliança pode envolver PDT, PTB e PP. Luiz Henrique afirmou que vai conversar com "quem procurar o PMDB". A Executiva decidiu que o partido "deve buscar aliados" e autorizou o presidente a iniciar as conversas, "externa e internamente".

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