São Paulo, sexta-feira, 28 de janeiro de 1994
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Diretoria defende monopólio da estatal

DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobrás reuniu ontem à tarde no auditório da sua sede, no Rio, todos os superintendentes para uma palestra a jornalistas, seguida de entrevista, tendo como objetivo fazer abertamente o lobby do monopólio.
Para o superintendente do Planejamento, José Fantine, a quebra do monopólio estatal "piora em quantidade, qualidade e preço" a situação da indústria de petróleo no Brasil. A ofensiva em defesa do monopólio estatal mudou o discurso da empresa sobre o preço dos combustíveis. Pela primeira vez em muitos anos a estatal defende e "concorda" que os preços sejam reajustados abaixo da inflação.
A briga da Petrobrás contra o uso dos preços como instrumento de política econômica é antiga. Agora, sob a pressão de quebra do monopólio, a estatal aceita "colaborar", mesmo acumulando um crédito de US$ 2,8 bilhões com o governo, por conta de defasagens de preços.
Fantine afirmou que não se trata de represamento de preços, mas de repasse à população dos ganhos com produtividade e com a queda dos preços internacionais.
Em La Paz, na Bolívia, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, ratificou o interesse do Brasil na construção do gasoduto entre os dois países e defendeu a participação da Petrobrás no projeto. Esta enfrenta, no entanto, a oposição do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, que, para financiarem o projeto, pedem sua execução pela iniciativa privada.

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