São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 1994
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Senai investe na gestão empresarial

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) uai inaugurar em julho, na Tijuca (zona norte do Rio), o Centro Internacional de Educação, Informação e Transferência de Tecnologia. Além de um banco de dados, o centro pretende formar uma "elite de dirigentes" segundo os mais modernos conceitos de gestão empresarial.
A unidade representa investimentos de US$ 2,6 milhões e, inicialmente, contará com uma equipe de 20 especialistas e alguns palestrantes convidados, alguns deles de instituições internacionais. A equipe será responsável pela reciclagem de professores, técnicos e dirigentes do Senai –além de executivos e profissinais da área de recursos humanos.
"Este centro está sendo considerado por especialistas, nacionais e internacionais, como o que há de mais moderno no mundo", afirma o diretor-geral do Senai, Alexandre Figueira Rodrigues, 47. "Vamos preparar a indústria brasileira para o novo estágio de competitividade mundial."
Mantido e administrado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e as diversas federações industriais, o Senai entra assim numa nova etapa. Com 52 anos de existência, a instituição promove centenas de cursos de formação de mão-de-obra em suas 870 unidades espalhadas por todo o país (fixas e móveis).
São cursos que vão do nível básico –como o de aprendiz industrial, para alunos entre 14 e 18 anos– ao de terceiro grau –como o curso de engenharia têxtil, em convênio com a Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
"O desenvolvimento industrial brasileiro deve muito ao trabalho desenvolvido pelo Senai", diz Rodrigues. Como maior exemplo, ele cita o trabalho de capacitação profissional desenvolvido pelo Cetiqt (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil), no Riachuelo (zona norte).
Segundo Rodrigues, a indústria têxtil no país era totalmente dependente do exterior –desde o projeto de construção de uma fábrica aos equipamentos e técnicas administrativas. Com a fundação do Cetiqt, em 49, essa realidade começou a ser mudada. "Quase todo o comando da indústria têxtil passou por aqui. O Cetiqt é considerado nessa área a sexta melhor escola do mundo."
Mas mesmo treinando funcionários mais graduados das empresas, 80% dos que passam pelos cursos do Senai são trabalhadores da base da hierarquia industrial.

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