São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 1994
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Vice-presidente da Fiesp estudou no Senai

DA REPORTAGEM LOCAL

Vice presidente da Fiesp estudou no Senai
O engenheiro Carlos Alberto Magalhães Lancellotti, 59, presidente da Better Engenharia, foi presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada e vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Mas, entre os pontos de seu currículo, ele gosta de mencionar a condição de ex-aluno do curso técnico de construção civil no Senai do bairro paulistano do Tatuapé.
"É importante aprender a fazer massa, assentar tijolos e instalar tubulação. Sem isso, seria como reclamar da comida, sem ao mesmo tempo poder ensinar a cozinheira", diz ele.
O caso de Lancellotti é atípico porque em nenhum momento ele pensou em se tornar um trabalhador braçal. Já estudava engenharia no Mackenzie quando frequentou o mesmo curso técnico do qual nos anos seguintes recrutaria, como empresário, seus melhores funcionários. "A vantagem do Senai é que ele nos colocava numa relação direta com o trabalho, ao contrário da faculdade, que tinha a função de dar uma formação apenas teórica."
Lula
Seu exemplo não é único numa relação de empresários e executivos que passaram pela instituição. O Senai fornece uma lista com o gerente de RH de uma montadora de caminhões, o diretor de uma manufatura de cerâmica em Moji Guaçu, e também de ex-operários - como o presidente nacional do PT, Luiz Inácio Lula da Silva -, que fez nos anos 60 um curso de torneiro.
Lancellotti experimentou de uma outra maneira o potencial do Senai. Pôde contratá-lo para programas de treinamento de seus funcionários. Em termos de concretagem, carpintaria ou manutenção de máquinas, "o Senai atende todas as necessidades do setor", afirma.

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